O Brasil
mais perto do Sol.
Em Juazeiro, projeto do Minha Casa, Minha Vida, tem
painéis solares em todos os telhados. Foto: ©Carol Quintanilha/Greenpeace.
Por Redação do Greenpeace –
Em segundo leilão exclusivo de energia solar 30
empreendimentos foram contratados. Bahia e Piauí lideram a contratação
expressiva de 833 MW.
A energia solar teve destaque: o segundo leilão
exclusivo para a fonte terminou com a contratação de 833,80 MW, a um valor
médio de R$301,79/MWh. O deságio foi de 14% em relação ao valor inicial. “Com
este preço, o governo dá sinais de que entendeu que é preciso incentivar a
fonte. Não basta realizar leilões exclusivos, também é necessário garantir um
preço final que faça com que os projetos contratados sejam viáveis e, de fato,
possam ser entregues”, comenta Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do
Greenpeace Brasil. Em outubro de 2014 – quando ocorreu o primeiro leilão
federal exclusivo -, o valor final foi de R$215,12/MWh.
Se considerarmos que em novembro teremos outro
leilão exclusivo para a fonte, a perspectiva é de que a contratação total de
2015 de energia solar supere as expectativas. Para o setor, é necessário
garantir uma contratação de cerca de 1GW por ano, considerado o mínimo para o
desenvolvimento do mercado nacional.
Apesar de os leilões serem de inegável importância
para a maior inserção da energia solar na matriz elétrica brasileira, é preciso
lembrar que o maior potencial para a fonte no Brasil – que segue quase
despercebido pelo Governo Federal – está na descentralização da produção de
energia, na chamada micro e minigeração renovável.
Hoje, para um brasileiro ter acesso a um sistema
fotovoltaico e poder passar a gerar eletricidade a partir de seu telhado, ainda
existem certas barreiras. Uma delas são os impostos que incidem no próprio
sistema, que fazem com que ele seja 30% mais caro do que poderia ser, e
tributos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) que
incidem na própria eletricidade de quem opta por gerar sua própria energia,
tornando-a menos vantajosa do que poderia ser.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que
se todo o potencial de energia solar dos telhados brasileiros fosse
aproveitado, a eletricidade gerada seria suficiente para abastecer 2,3 vezes o
consumo inteiro do setor residencial de todo o país.
Uma outra barreira que precisa ser resolvida é a
ausência de linhas de crédito subsidiadas pelos bancos. Outra forma de
incentivar a energia solar, seria permitir aos cidadãos brasileiros usar seu
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para a aquisição de um sistema
fotovoltaico.
Para chamar a atenção do Governo e dos brasileiros
para essas questões, o Greenpeace lançou o Solariza. Um jogo que permite ao
usuário encontrar e marcar qualquer telhado no País e descobrir quanto poderia
estar gerando de energia e a economia prevista. O Solariza permite mostrar o
potencial da energia solar no Brasil e que a sociedade civil tem interesse e
deseja ter acesso à sistemas fotovoltaicos. Acesse, jogue, participe e
convide seus amigos!
Fonte: Greenpeace Brasil
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