Nasa vai
estudar efeitos das mudanças climáticas na região do Oceano Ártico.
Imagem mostra camada de gelo no Ártico no verão,
quando o derretimento na área polar se acentua. Foto:
Divulgação/Nasa/Universidade de Washington.
Por Leandra Felipe, da Agência Brasil –
A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa, a
sigla em inglês) anunciou nessa segunda-feira (31) que vai estudar os efeitos
ambientais e sociais das mudanças climáticas no Alasca e Noroeste do Canadá,
regiões banhadas pelo Oceano Ártico e afetadas pelo degelo dos glaciais. O
projeto denominado Above – Arctic Boreal Vulnerability Experiment – vai reunir
dados coletados pela Nasa ao longo de vários anos, por meios de satélite, e
calcular os efeitos climáticos em uma área de 6,4 milhões de quilômetros.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursou em uma conferência sobre
os impactos das mudanças climáticas para os glaciais no estado do Alasca e
defendeu que medidas sejam tomadas para reduzir o impacto dessas mudanças na
região.
O programa da Nasa terá três fases e dois estágios
de investigação. O objetivo é medir o impacto das mudanças na região do Ártico
para a fauna e a flora e para a população local. No texto publicado em sua
página, a Nasa diz ter material coletado para estudo. “Os bosques boreais e a
tundra [presentes no ecossistema ártico] são fundamentais para compreender o
impacto das mudanças do clima na Terra”, acrescenta o texto.
Nas fases do estudo será investigado o impacto dos
incêndios florestais nos ecossistemas da região, onde mais de 5 milhões de acres
(2 milhões de hectares) no Alasca e 9,7 milhões de acres (4 milhões de
hectares) no Canadá foram queimados. Também será estudado o alcance do
descongelamento dos chamados permafrost – terrenos que estiveram congelados por
milhares de anos e agora apresentam composição de matéria orgânica e plantas.
“A vegetação e o carbono congelados no solo
apodrecem e liberam metano e dióxido de carbono na atmosfera, o que aumenta o
efeito estufa e produz a continuidade do ciclo, mais descongelamento e mais
liberação de gases na atmosfera”.
O estudo sobre o impacto na vida silvestre do
Alasca e do Canadá vai abordar ainda mudanças no habitat e movimentos
migratórios de animais da região.
* Edição: Graça Adjuto.
Fonte: Agência Brasil
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