Amazônia reduziu pela metade
capacidade de absorver CO2, diz estudo.
Estudo realizado pela revista “Nature” ao longo de
30 anos mostra que, pela primeira vez, capacidade de absorver dióxido de
carbono foi superada pelas emissões de combustíveis fósseis.
A Amazônia teve reduzida pela metade sua capacidade
de absorver dióxido de carbono da atmosfera, causadores de alterações
climáticas, devido à rápida velocidade com que suas árvores estão morrendo,
revelou artigo publicado na
quarta-feira (18/03) pela revista Nature.
Nos anos 1990, esta grande floresta foi capaz de
absorver dois bilhões de toneladas de dióxido de carbono em cada ano. Agora,
diz o artigo, esta capacidade foi pela primeira vez superada pelas emissões
resultantes da queima de combustíveis fósseis na América Latina.
A conclusão resulta de um estudo feito ao longo de
30 anos que juntou quase uma centena de pesquisadores, trabalhando em oito
países. A investigação foi feita a partir de 321 pontos da floresta, nos quais
foram medidas 200 mil árvores – bem como as mortes e os crescimentos de novas.
“As taxas de mortalidade das árvores aumentaram
mais de um terço desde meados dos anos 1980, o que está afetando a capacidade
da Amazônia de armazenar carbono”, afirma Roel Brienen, da Universidade de
Leeds, no norte do Reino Unido, que coordenou os estudos.
MSB/lusa/efe
Referência:
Long-term decline of the
Amazon carbon sink
Nature 519, 344–348 (19
March 2015) doi:10.1038/nature14283
Fonte: Deutsche
Welle
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