Brasil lidera em mortes de
ambientalistas.
ONG registra 29 mortes no país em 2014, de um total
de 116 casos em todo o mundo. Três em cada quatro assassinatos de ativistas
ambientais aconteceram na América Latina.
O Brasil foi o país mais perigoso do mundo para
militantes ambientalistas em 2014. Em nenhum outro lugar foram assassinados
mais ativistas, segundo relatório da ONG britânica Global Witness, apresentado
nesta segunda-feira 20 em Londres.
A América Latina é considerada a região mais
perigosa pela organização. De cada quatro mortes, três aconteceram na região.
No ano passado foram registrados 116 casos em todo o mundo, número que é
recorde histórico e 20% maior que o de 2013. Deles, 87 ocorreram em nações
latino-americanas.
Honduras lidera a lista na relação número de casos
por habitante, segundo o documento, intitulado How many more? (Quantos mais?).
Entre 2002 e 2014, 111 pessoas morreram no país em decorrência de crimes contra
ambientalitas.
Entre 2007 e 2011, os crimes contra ambientalistas
registrados pela Global Witness triplicaram. Com isso, os militantes do meio
ambiente são considerados o grupo de ativistas que mais corre riscos. No mundo
inteiro, segundo a instituição, foram mortos, em função do seu trabalho, quase
duas vezes mais ambientalistas que jornalistas.
Índios são 40% das vítimas
Em 2014, o Brasil figura no topo da lista, com 29
mortes, seguido pela Colômbia, com 25, pelas Filipinas, com 15, e por Honduras,
com 12. Cerca de 40% das vítimas são índios. Já para ativistas do direito à terra,
o Sudeste Asiático é a região mais perigosa do mundo.
“Em Honduras e no mundo inteiro, ambientalistas são
mortos, sequestrados, ameaçados ou processados como terroristas, em plena luz
do dia, porque se opõem ao chamado desenvolvimento”, lamentou Billy Kyte, da
Global Witness, exigindo que os governos façam mais pela proteção dos
ambientalistas.
MD/afp/dpa.
Fonte: Carta Capital
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