Operação do Ibama combate
exploração ilegal de madeiras na Terra Indígena Kaxarari.
Na última terça-feira (31/03), fiscais do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), em ação de fiscalização da Operação Toruk, de combate ao desmatamento
ilegal, realizaram a apreensão de um caminhão toreiro, 18 toras de madeira (cem
metros cúbicos) e cem litros de combustíveis (gasolina e óleo diesel) na Terra
Indígena (TI) Kaxarari, na fronteira entre os estados do Amazonas e de Rondônia.
A TI Kaxarari é alvo constante de invasão de
madeireiros, que exploram ilegalmente madeiras nobres como ipê, angelim,
muiracatiara, entre outras. Ao perceber a chegada da equipe de fiscalização, os
madeireiros fugiram para a floresta. No caminhão, havia plaquetas utilizadas
para identificar tocos e toras de áreas de planos de manejo florestal, o que
indica haver um esquema de “esquentamento” das madeiras provenientes da TI, que
eram encaminhadas às serrarias da região. O caminhão toreiro foi queimado para
impedir a continuação da exploração madeireira ilegal numa área de
aproximadamente 3.000 hectares.
O infrator já foi identificado e foi multado em
R$ 17 milhões. Ele também responderá criminalmente à Justiça Federal por
invasão de terra indígena e exploração ilegal de madeira. As toras serão doadas
aos indígenas das aldeais Pedreira e Paxiúba, que as utilizarão para melhoria
de suas moradias e construção de escolas e postos de saúde. A área de
exploração ilegal foi embargada e continuará sob monitoramento do Ibama.
A Operação Toruk está sendo realizada desde 16 de
março nos municípios de Boca do Acre e Lábrea, no Amazonas, e conta com apoio
do Batalhão Ambiental da Polícia do Amazonas. Até o momento, os fiscais já
vistoriaram 53 áreas com indicativos de desmatamento recente, totalizando 2.980
hectares, o que equivale a mais de dois mil campos de futebol. Também, foram
vistoriadas 27 áreas embargadas anteriormente e lavrados 12 autos de infração,
com aplicação de R$ 20 milhões em multas.
Ascom Ibama
Foto: Rodrigo Frazão
Fonte: EcoDebate
Nenhum comentário:
Postar um comentário