Alemães querem menos carros nas
ruas, aponta estudo.
Levantamento feito pelo governo mostra que 82%
população quer projetos que beneficiem pedestres, ciclistas, carros
compartilhados e transporte público. Apenas 19% consideram proteção do meio
ambiente uma questão urgente.
Nada menos que 82% dos alemães que participaram de
uma pesquisa bianual realizada pela Agência alemã de Meio Ambiente afirmaram
querer que os governantes pensem menos em carros e mais nos pedestres,
ciclistas, carros compartilhados e em alternativas de transporte público.
“Precisamos de um novo conceito de mobilidade nas
cidades”, disse a ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, após a
divulgação dos resultados do levantamento, nesta segunda-feira (30/03).
Hendricks destacou que um projeto de lei para
regulamentar o uso compartilhado de carros será apresentado “em breve” para
apreciação dos parlamentares, a fim de incentivar a prática entre os alemães.
Um quarto dos entrevistados disse considerar a hipótese de adotar a prática, o
chamadocarsharing em sua rotina. Segundo a ministra, experiências registradas
em municípios têm mostrado que um veículo compartilhado pode substituir até 11
carros particulares.
Enquanto questões de transporte estão entre as
maiores preocupações dos alemães, o levantamento mostrou que a preservação do
meio ambiente em si está bem embaixo na lista de prioridades. Apenas 19% dos
entrevistados afirmaram ser esta uma questão urgente – o mais baixo índice
desde 2004, destacou Hendricks – posicionando o debate em quinto lugar no
ranking de maiores problemas atuais. Em 2012, apenas um ano após o desastre de
Fukushima, este índice era de 35%, segundo lugar no ranking.
No entanto, para a ministra, o estudo divulgado
nesta segunda-feira mostra que, para cada vez mais alemães, a preservação do
meio ambiente não é considerada um freio para o crescimento do país, mas sim
uma condição para o êxito econômico – e parte da solução para os problemas
globais.
A pesquisa ainda mostrou que 37% da população
preocupam-se com seguro social, 29% com políticas econômicas e financeiras e
24% com pensões. Apenas 20% veem questões relacionadas a crime, paz e segurança
como um problema.
Para o estudo, realizado desde 1996, foram
entrevistadas pela internet 2.117 pessoas acima de 14 anos de idade, entre
julho e agosto do ano passado.
MSB/dpa/epd
Fonte: Deutsche
Welle
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