Começa o Congresso Mundial de Meteorologia.
Congresso Mundial de Meteorologia. Foto: OMM
OMM afirma que foco do encontro será o
fortalecimento dos serviços climáticos; agência da ONU cita ainda crescimento
da população e condições extremas do clima e os impactos socioeconômicos.
Por Edgard Júnior, da Rádio ONU –
Começa esta segunda-feira, em Genebra, o Congresso
Mundial de Meteorologia.
Especialistas de todo o mundo estarão reunidos até
12 de junho debatendo questões que vão ter como foco “como fortalecer os
serviços climáticos”.
Necessidades
O objetivo é saber como atender as necessidades de
uma população global em crescimento e, ao mesmo tempo, lidar com a mudança e a
variação do clima, com as condições climáticas extremas e seus impactos
socioeconômicos.
Os representantes dos 191 países-membros da
Organização Mundial de Meteorologia, OMM, vão decidir estratégias, políticas,
prioridades e orçamento na conferência que acontece a cada quatro anos.
O secretário-geral da organização, Michel Jarraud,
disse que para criar uma resiliência em relação ao clima, promover o desenvolvimento
sustentável e ajudar a humanidade a lidar com a mudança climática é necessário
maior investimento e cooperação internacionais.
Desastres Climáticos
Jarraud afirmou que até agora, em 2015, como
ocorreu em anos anteriores, desastres relacionados ao clima já destruíram ou
prejudicaram milhões de vidas”.
Ele citou como exemplo, o ciclone Pam que reverteu o crescimento econômico da ilha de Vanuatu, mesmo com toda a preparação e alertas que conseguiram manter os registros de mortes muito baixos.
Jarraud disse ainda que o sudeste do Brasil e o
estado americano da Califórnia sofreram com uma forte seca. Enchentes recordes
causaram estragos no Chile e em Malaui, na África.
O chefe da OMM declarou que “a lista de eventos
climáticos extremos é longa e há provas científicas de que, pelo menos alguns
deles não teriam ocorrido se não fosse pela interferência humana”.
Geleiras
Jarraud afirmou que “a extensão das geleiras no
Ártico, registrada em fevereiro, foi a menor já captada pelas imagens de
satélite. Além disso, pela primeira vez, a concentração mensal de dióxido de
carbono na atmosfera ultrapassou a marca das 400 partes por milhão, em março.
Tudo isso, segundo o representante da agência da
ONU, vai levar o planeta a um futuro mais quente por muitas gerações.
O Congresso vai discutir a contribuição estratégica
da OMM para a nova agenda de Desenvolvimento Sustentável pós-2015 e para o
Quadro de Redução para o Risco de Desastres, de Sendai.
O plano estratégico e de orçamento que será adotado
no encontro vai guiar e apoiar as atividades da agência da ONU para o período
entre 2016 e 2019.
Fonte: Rádio ONU
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