Governo,
sindicatos e organizações firmam compromissos para reduzir a ilegalidade e
melhorar a situação do setor florestal.
Djhuliana Mundel / ICV
Diferentes elos da cadeia florestal estiveram
reunidos com organizações da sociedade civil, órgãos federais e estaduais para
traçar soluções para os gargalos da exploração madeireira em Mato Grosso,
durante o III Workshop de Monitoramento e Controle Florestal, realizado esta
semana, em Cuiabá. O evento contou com a presença de profissionais com diversos
conhecimentos e experiências para resolução dos problemas que o setor enfrenta.
Em sua terceira edição, o evento reforçou a
necessidade de implementar, urgentemente, ações que propiciem a exploração
legal, reduzam a taxa de ilegalidade, que atingiu 46% da área florestal explorada no estado entre
agosto de 2012 e julho de 2013, e otimizem a capacidade de monitoramento
dos órgãos competentes.
Para atingir esses resultados, foram
desenvolvidos planos de ações que visam a transparência e a acessibilidade das
informações, a comunicação entre os diferentes sistemas que regulam o setor
florestal, melhorias nas autorizações e no monitoramento das explorações realizadas,
assim como desenvolvimento de soluções privadas de comprovações da legalidade
da madeira.
Alice Thuault, diretora adjunta do Instituto
Centro de Vida (ICV), reforçou que com o esforço de toda a cadeia florestal é
possível se chegar a um plano de ações que contemple a todos. “Esse problema
compartilhado tem que se tornar uma oportunidade. Temos que ter senso de
responsabilidade para desenvolver e encontrar soluções. Precisamos do
comprometimento de todos para conseguirmos a transformação do setor florestal”,
disse.
A ideia é que o grupo de monitoramento, formado
durante o evento, se reúna periodicamente para acompanhar a implementação dos
compromissos firmados pelas diferentes instituições. “Cada representante tem,
agora, 15 dias para validar, junto as suas instituições, os compromissos que
assumiu no Workshop e retornamos para firmar os acordos. Depois disso, serão
feitas reuniões periódicas para acompanhamento desses compromissos”, explicou
Alice.
Fazem parte do grupo de monitoramento o ICV, a
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), o Centro das Indústrias
Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), o Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o
Ministério Público Federal (MPF), Instituto de Manejo e Certificação Florestal
e Agrícola (Imaflora) e Associação de Reflorestadores de Mato Grosso
(Arefloresta).
Fonte: ICV
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