Ofensiva para salvar os polinizadores.
Foto: Wikimedia Commons
Por Regina Scharf –
A Casa Branca anunciou na última terça-feira um
plano nacional para salvar sua população de abelhas e, por tabela, a
agricultura dos Estados Unidos, dias após a divulgação de que os apicultores
americanos perderam 42% de suas colônias no ano passado. A estimativa, a
segunda pior já registrada no país, foi divulgada pelo Departamento de
Agricultura dos EUA no dia 14 de maio.
A nova iniciativa visa tornar grandes extensões de
terras federais, como as margens de rodovias, mais hospitaleiras para abelhas e
outros polinizadores, como as também ameaçadas borboletas monarca, além de
ampliar os gastos com pesquisa e discutir a possibilidade de impor uma redução
no consumo nacional de herbicidas.
“Os insetos polinizadores são essenciais para a economia
nacional, a segurança alimentar e o meio ambiente”, declarou John Holdren, um
dos principais assessores científicos do presidente, durante o anúncio. “Só a
polinização por abelhas é responsável por mais de US$ 15 bilhões em colheitas
agrícolas anuais no país”.
O governo americano está trabalhando em conjunto
com os governos do México e do Canadá para criar corredores por onde estes
insetos possam circular livremente, sem estar sujeitos à ameaça de agroquímicos
e à expansão urbana ou agrícola, já que boa parte dos insetos a proteger tem
rotas de migração que passam por esses países. As margens da rodovia federal
Interstate 35, que vai do sul do Texas ao estado de Minnesota, na fronteira com
o Canadá, corredor de migração de borboletas monarca, vai receber proteção
especial. Essa iniciativa específica tem um orçamento de US$ 3,2 milhões, a ser
administrado pelo Fish and Wildlife Service, encarregado da conservação de
espécies nos Estados Unidos. Em linhas gerais, estas e outras áreas federais
serão coalhadas de flores silvestres, para que os insetos tenham acesso a
alimento durante os períodos frios e na fase de reprodução.
Os ambientalistas saudaram a iniciativa, mas
criticaram o governo Obama por não restringir a produção e o uso de
agroquímicos neonicotinóides, que vêm sendo associados à crescente mortandade
de abelhas.
Fonte: Página 22
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