Relatório encontra níveis ‘muito
altos’ de caça ilegal de elefantes na África.
por
Redação da ONU Brasil
Novo relatório da Convenção sobre o Comércio
Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES) indica
que taxas globais do extermínio de elefantes excede as taxas naturais de
natalidade.
Populações de elefantes africanos continuam a
enfrentar uma ameaça imediata para a sua sobrevivência a partir de altos níveis
de caça pelo seu marfim, especialmente na África Central e Ocidental, onde a
situação parece ter se deteriorado. Foto: CITES.
Um declínio contínuo no número total de elefantes
continua a ocorrer, com a caça ilegal de elefantes africanos continuando a
superar as taxas de crescimento da população durante todo o ano 2014. Foi o que
revelou um novo relatório apoiado pelas Nações Unidas e divulgado esta semana.
“Populações de elefantes africanos continuam a
enfrentar uma ameaça imediata para a sua sobrevivência a partir de altos níveis
de caça ilegal para roubo de seu marfim, especialmente na África Central e
Ocidental, onde a situação parece ter se deteriorado”, disse John E. Scanlon,
secretário-geral da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies
Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).
Os últimos números divulgados pelo programa da
CITES de acompanhamento do abate ilegal de elefantes, também conhecido como
“MIKE”, não apresenta aumento nas tendências globais de caça ilegal, em 2014,
com os níveis caindo e depois estabilizando desde o pico em 2011. No entanto,
com as taxas globais de extermínio excedendo as taxas naturais de natalidade,
“as tendências de caça permanecem demasiado elevadas, a um nível que não pode
ser sustentada”, disse um comunicado de imprensa da CITES.
No seu relatório, a CITES identifica 22 países que
estão mais fortemente implicados no comércio ilegal de marfim, com áreas como
Bangassou, na República Centro-Africana; Garamba, na República Democrática do
Congo; Niassa, em Moçambique; Pendjari, em Benin; e Selous-Mikumi, na Tanzânia,
permanencendo foco de “preocupação especial”.
“Estas tendências de caça ilegal destacam a
necessidade de redobrar os esforços para mitigar o problema, abordando a
procura por marfim ilegal, o reforço da gestão e a garantia de meios de
subsistência sustentáveis para as pessoas que vivem com os elefantes”, disse
Julian Blanc, chefe do programa da CITES.
Fonte: ONU Brasil
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