Vídeo mostra como fazer adubo
orgânico 100% vegetal.
Foto: Brasilescola.com
Os adubos orgânicos, em sua maioria, utilizam
esterco bovino e cama de aviário que, além de difícil obtenção e custo elevado,
podem apresentar problemas de contaminação química e biológica. Mas a Embrapa
Agrobiologia (Seropédica, RJ) desenvolveu uma tecnologia para produção de
adubos e substratos orgânicos de origem 100% vegetal. E esta tecnologia já está
ao alcance dos produtores de todas as regiões do País por meio do vídeo
“Composto 100% vegetal”.
Produzido pela Embrapa Agrobiologia, UFRRJ e
Pesagro-Rio, o vídeo tem duração de 15 minutos e mostra o passo a passo da
tecnologia. De forma didática, são apresentadas, por exemplo, as
matérias-primas que podem ser utilizadas, a proporção de materiais e a maneira
ideal para montar a pilha de composto. Detalhes como a escolha do local, a
formação e mistura das camadas, assim como o tempo necessário para cada etapa
também são abordados.
Para o pesquisador da Embrapa Marco Antônio Leal,
que desenvolveu a tecnologia e é um dos autores do roteiro, o vídeo pode
auxiliar o agricultor a produzir o adubo orgânico na sua propriedade, pois além
das informações necessárias sobre quantidade e proporção de materiais, as
imagens facilitam o entendimento do processo. “O composto pode ser produzido
tanto em grande escala como na pequena propriedade rural, já que utiliza um
processo simples, que não necessita de grandes investimentos em
infraestrutura”, complementa.
Segundo o pesquisador, os fertilizantes orgânicos
e substratos obtidos a partir deste processo apresentam qualidade superior aos
similares encontrados no mercado e podem ser utilizados também na agricultura
orgânica. “Esses produtos são isentos de contaminação biológica, não utilizam
adubos minerais e o seu custo pode ser muito inferior”, relata Leal.
O vídeo não será vendido. Ele está disponível no
canal Vídeos Embrapa, no Youtube (http://youtu.be/Af0IhGWge2U).
Compostagem: matéria orgânica que se transforma
em adubo natural
A compostagem é um processo natural onde os
resíduos da propriedade passam por uma transformação biológica e tornam-se fertilizantes
orgânicos ou húmus. Neste processo biológico há uma decomposição da matéria
orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. O resultado final da
compostagem é o composto orgânico, que pode ser aplicado ao solo para melhorar
suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente.
Os principais benefícios da compostagem são:
estímulo ao desenvolvimento das raízes das plantas, que se tornam mais capazes
de absorver água e nutrientes do solo; aumento da capacidade de infiltração de
água, reduzindo a erosão; mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez
do solo (pH);dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras
(daninhas); ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microrganismos
benéficos às culturas agrícolas.
Esta técnica pode ser utilizada não só para
nutrir o solo, mas também como forma de reciclar o lixo orgânico – esterco do
gado, palhas, galhos, folhas de árvores e etc.
A compostagem envolve transformações extremamente
complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microrganismos do
solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes
minerais e carbono. A Embrapa Agrobiologia vem estudando maneiras de tornar a
compostagem ainda mais eficiente. Para isto, é necessário satisfazer certos
requerimentos relacionados aos fatores que influenciam a atividade microbiana
do solo, como temperatura, umidade, aeração, pH, tipo de compostos orgânicos
existentes e concentração e tipos de nutrientes disponíveis. Esses fatores ocorrem
simultaneamente, e a eficiência da compostagem baseia-se na interdependência e
inter-relacionamento dos mesmos.
Fonte: Embrapa Agrobiologia
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