Japão atrasa por tempo
indeterminado armazenamento de resíduos radioativos de Fukushima.
Usina de Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11
de março de 2011, o mundo soube da tragédia de Fukushima: um fortíssimo
terremoto e um tsunami de grandes proporções, a que se seguiu a explosão de uma
usina nuclear com todas as consequências de um acidente nuclear: a difusão de
radioatividade, que permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações.
Foto: DW,
O governo japonês atrasou, por tempo indeterminado,
o armazenamento de resíduos radioativos recolhidos nos trabalhos de
descontaminação perto da Central Nuclear de Fukushima, por não ter sido
construído nenhum depósito seguro, segundo fontes oficiais citadas pela
imprensa.
As autoridades tinham previsto começar a transferir
os resíduos para depósitos nucleares em janeiro próximo, data que foi adiada de
forma indefinida dadas as dificuldades em encontrar uma localização para as
instalações, segundo a Agência Kyodo.
O governo central e os governos locais entraram em
acordo para construir depósitos temporários destinados a abrigar os materiais
radioativos nas localidades costeiras de Futaba e Okuma, as mais próximas da
central nuclear, mas não chegaram a acordo com os proprietários dos terrenos
escolhidos, informaram fontes governamentais à Kyodo.
Os materiais radioativos deveriam permanecer nessas
instalações durante um prazo de 30 anos e depois seriam transferidos para depósitos
permanentes de alta segurança, cuja localização ainda não foi definida.
Segundo o plano do governo, as instalações de
armazenamento temporário vão ocupar 16 quilômetros quadrados em volta da
central e vão ter capacidade para armazenar cerca de 30 milhões de toneladas de
terra e resíduos recolhidos durante os trabalhos de descontaminação.
Os materiais radioativos retirados até agora estão
atualmente depositados em vários terrenos próximos da central.
O terremoto e tsunami de março de 2011 geraram
grandes quantidades desses materiais que se dispersaram em volta da central.
As emissões levaram à retirada de 46 mil pessoas
que vivam perto de Fukushima e afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e
a pesca.
Fonte: EBC
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