Desemprego e insegurança
alimentar estão entre as consequências do ebola na Libéria e Serra Leoa.
por
Redação da ONU Brasil
Fanta Camara, sobrevivente do ebola que agora luta
contra a doença, dá banho em criança cuja mãe está sendo tratada em um centro
na Guiné, na África Ocidental. Foto: UNMEERMartine Perret.
Relatórios do Banco Mundial dizem que o surto do
ebola deve causar um impacto econômico regional de 32,6 bilhões de dólares,
catastrófico para os países da região.
O Banco Mundial acaba de divulgar dois relatórios
que mostram que o desemprego e a insegurança alimentar estão entre os profundos
e persistentes impactos socioeconômicos causados pelo ebola na Libéria e em
Serra Leoa.
Os resultados são baseados em pesquisas realizadas
em ambos os países, com o intuito de monitorar os efeitos do ebola sobre a
economia e as famílias e ajudar os governos a planejar sua urgente recuperação.
Os relatórios revelam que o surto do ebola deve
causar um impacto econômico regional de 32,6 bilhões de dólares, o que é
considerado catastrófico para esses países de condições frágeis.
Na Libéria, o mercado está estagnado e quase metade
dos chefes de família desempregados. Na área agrícola, mais de 80% dos
trabalhadores alegam que as safras se reduziram, em comparação com 2013. Em
Serra Leoa, estima-se que mais de 179 mil pessoas pararam de trabalhar no setor
urbano e, mesmo nas cidades que não estão em quarentena, o impacto do
desemprego é atribuído ao surto do ebola.
Ao abordar a insegurança alimentar, os documentos
revelam que quase 70% das famílias na Libéria relatam não ter dinheiro para
comprar alimentos, independentemente do preço, e 75% delas mostram estarem
preocupadas por não terem o suficiente para comer.
“Efeitos colaterais socioeconômicos causados pelo
ebola colocam a prosperidade atual e futura das famílias na Libéria e Serra
Leoa em alto risco”, disse a diretora sênior do Banco Mundial sobre a questão
da pobreza, Ana Revenga.
Fonte: ONU Brasil
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