ONU: 121 milhões de crianças e
adolescentes estão fora da escola.
por
Redação da ONU Brasil
Escola no Quênia. Foto: UNESCO.
“A formas tradicionais de administração
[educacional], baseadas em mais professores, mais salas de aula e mais livros
didáticos, não são suficientes para alcançar as crianças mais desfavorecidas”,
afirmou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, no lançamento da publicação.
O relatório “Reparação da promessa quebrada de
Educação para Todos: resultados da Iniciativa Global Crianças Fora da Escola”,
produzido pelo Instituto de Estatística da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em parceria com o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF), mostra que 121 milhões de crianças e
adolescentes, na faixa de 6 a 15 anos, estavam fora da escola em 2012, ano de
referência das estimativas utilizadas no estudo.
O documento, lançado nesta segunda-feira (19) em
Londres, é um alerta de que o mundo não conseguirá cumprir a meta de
universalizar o acesso à educação primária até 2015. De acordo com a publicação,
58 milhões de crianças permaneciam fora da escola primária em 2012, o
equivalente a 8% da população mundial em idade escolar para o ensino primário.
Em todo o planeta, 705,7 milhões de alunos estavam matriculados no primário.
“A formas tradicionais de administração
[educacional], baseadas em mais professores, mais salas de aula e mais livros
didáticos, não são suficientes para alcançar as crianças mais desfavorecidas”,
afirmou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova. “Precisamos de intervenções
específicas para alcançar as famílias deslocadas devido a conflitos, as meninas
que são forçadas a ficar em casa, as crianças com deficiências e as milhares
que são obrigadas a trabalhar. Porém, essas políticas têm um custo. Este
relatório serve de alerta para mobilizar os recursos necessários para garantir
a educação básica para cada criança, de uma vez por todas”.
O relatório mostra também que 63 milhões de
crianças e adolescentes de 12 a 15 anos estavam fora da escola em 2012, o
equivalente a 20% do total da população mundial nessa faixa etária. Em termos
proporcionais, portanto, a situação era ainda mais grave entre os meninos e
meninas com mais idade.
Em todo o planeta, havia 316,1 milhões de alunos de
12 a 15 anos matriculados na escola. Em tese, quando não há atraso escolar,
essas crianças e esses adolescentes deveriam frequentar o chamado primeiro
nível da escola secundária.
O diretor-executivo do UNICEF, Anthony Lake,
acredita que “Para cumprir a promessa de atingir a educação universal para
todas as crianças, precisamos de um compromisso mundial de investimento em três
áreas: ter mais crianças frequentando a escola primária; ajudar mais crianças,
principalmente as meninas, a permanecer na escola durante todo o nível
secundário; e melhorar a qualidade da aprendizagem que elas recebem ao longo de
sua escolarização”. “Não deve haver discussão a respeito dessas prioridades:
precisamos realizar as três, porque o sucesso de cada criança – e o impacto do
nosso investimento em educação – depende de todas elas ”.
Em relação ao Brasil, o relatório utiliza estudo
divulgado em 2012.
O relatório, na íntegra, encontra-se disponível aqui.
Fonte: ONU Brasil
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