quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Revista aponta alternativas para a justiça ambiental na Amazônia.
Com o objetivo de socializar ações que envolvem o apoio a projetos socioambientais desenvolvidos na Amazônia brasileira, o Fundo Dema lançou a revista ‘Somos a Floresta: Cenários e Narrativas de Justiça Ambiental na Amazônia’, que reúne experiências coletivas de projetos agroecológicos planejados e executados pelos próprios camponeses. A publicação foi lançada no dia 16.09, durante a abertura de seminário que debateu a importância de fundos comunitários e solidários para o desenvolvimento da Amazônia, ocorrido em Belém (PA).

A revista comemora os dez anos do Fundo Dema e retrata, ao longo desse tempo, o universo de mais de dez mil famílias beneficiadas na região Oeste do Pará. Apresenta, ainda, um panorama das regiões onde são desenvolvidos os projetos protagonizados por indígenas, quilombolas, mulheres e agricultores familiares; os tipos e o quantitativo de projetos apoiados.

“Pensamos numa revista que chegasse em vários públicos, nas comunidades agroextrativistas, nas aldeias, nas escolas do campo, da cidade, da floresta, pesquisadores estudantes, e que visibilizasse a importância da agricultura familiar, de nossos camponeses e camponesas, das comunidades quilombolas e dos povos indígenas, esses segmentos que vêm diversificando e nos mostrando que é possível conviver com a floresta de forma sustentável, com os sistemas agroflorestais, com a agroecologia e segurança alimentar, com projetos de valorização da cultura, dos produtos nativos da Amazônia e dos saberes locais”, informa Vânia Carvalho, Socióloga e educadora do Fundo.

A revista também está disponível virtualmente no endereço: http://www.fundodema.org.br/revista/revista-somos-a-floresta-cenArios-e-narrativas-de-justiAa-ambiental-na-amazAnia/12. Basta acessar para compreender um pouco mais sobre o trabalho desempenhado pelo Fundo Dema.

O Fundo Dema

O Fundo Dema é um fundo Fiduciário criado em 2003, que Financia projetos coletivos de populações do campo, com o objetivo de manter a preservação do Bioma Amazônia. Sua história inicia naquele ano, quando cerca de seis mil toras de mogno foram apreendidas pelo IBAMA, por terem sido extraídas ilegalmente da região Oeste do Pará. As toras foram vendidas e o valor arrecadado convertido em um fundo fiduciário, distribuído a diversas entidades, entre elas o Fundo Dema. Os rendimentos disso são investidos por meio de publicação de Editais e Chamadas Públicas para apoiar projetos socioambientais.


Fonte: EcoDebate

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