Poluentes
contribuem para 7 milhões de mortes por ano.
Até 2030, os países devem reduzir o número de
mortes e de doenças causadas por químicos e poluentes do ar, do solo e da água.
Foto: Tran Thi Hoa / Banco Mundial. Foto: Shutterstock.
Organização Mundial da Saúde fala sobre urgência em
reduzir emissões dos gases metano, ozônio e carbônico; além de piorarem o
aquecimento global, esses poluentes prejudicam a saúde; OMS propõe medidas aos
governos.
Por Leda Letra, da Rádio ONU –
A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que é
preciso com urgência reduzir as emissões dos gases ozônio, metano e carbônico e
do dióxido de carbono, porque todos contribuem para o aquecimento global e
causam mortes.
Um relatório divulgado pela agência esta
quinta-feira destaca que esses gases contribuem para mais de 7 milhões de
mortes prematuras por ano, devido a problemas de saúde ligados à poluição do
ar.
Ações
Mas intervenções dos governos podem reverter o
quadro e melhorar a segurança alimentar e até aumentar a atividade física da
população. Pela primeira vez, a OMS está recomendando ações aos Ministérios de
Saúde e Meio Ambiente e a governos federais e locais, que levem à redução das
emissões desses gases.
A agência da ONU calcula que essas medidas podem
prevenir 3,5 milhões de mortes prematuras por ano até 2030 e salvar até 5
milhões de vidas até 2050. A OMS confirma que já estão disponíveis 20 ações de
baixo custo para mitigar os efeitos dos poluentes do clima.
Transportes
Essas medidas incluem: reduzir as emissões de gases
dos veículos, utilizar combustíveis renováveis, diminuir o desperdício de
comida e prevenir a mudança climática.
Outras intervenções são mais complexas, porém necessárias. Uma é reduzir as emissões de gases dos veículos. Isso pode ser feito com a implementação de padrões mais altos de eficiência para diminuir a liberação do gás carbônico e outros poluentes.
Cozinha
Com isso, a qualidade do ar também melhora e assim,
diminuem os casos de doenças respiratórias. Outra medida é investir em
alternativas aos carros, ou seja, em transportes públicos e criar vias seguras
para pedestres e ciclistas. Nos dois últimos casos, o cidadão tem até a chance
de praticar uma atividade física.
A OMS lembra também de 2,8 bilhões de pessoas de
baixa-renda que dependem de carvão e de outros combustíveis sólidos para
cozinhar e se aquecerem, aumentando as chances de doenças respiratórias. Nestes
casos, é preciso fornecer alternativas, como combustíveis mais limpos e fogões
mais eficientes.
Agenda 2030
Para as populações de rendas alta e média, a OMS
indica o aumento do consumo de vegetais, para reduzir os riscos de doenças do
coração e de câncer, e diminuir as emissões do gás metano, associado a
alimentos de base animal.
A OMS lembra que os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável têm uma meta específica sobre saúde global: até 2030, os países
devem reduzir o número de mortes e de doenças causadas por químicos e poluentes
do ar, do solo e da água.
Fonte: Rádio ONU
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