900
milhões continuam a viver em miséria extrema.
Mulher prepara “bolos de argila”, discos de barro,
manteiga e sal, que se tornaram símbolo da luta do Haiti contra a pobreza
extrema e a fome. Foto: ONU / Logan Abassi.
No Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza,
Ban Ki-moon destacou que 900 milhões ainda vivem na extrema pobreza. Conflitos
violentos e mudanças climáticas ameaçam conquistas recentes.
Na véspera do Dia Internacional para a Erradicação
da Pobreza, celebrado no sábado (17), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban
Ki-moon, lembrou o compromisso recém-assumido pela comunidade mundial de
alcançar este objetivo até 2030. Em pronunciamento, o representante da ONU
destacou o tema da data nesse ano: o combate à discriminação que atinge
minorias, migrantes, mulheres e crianças.
Apesar de, nos últimos 25 anos, mais de um bilhão
de pessoas terem saído da linha da pobreza, 900 milhões continuam a viver em
miséria extrema. De acordo com Ban Ki-moon, esse grupo corre o risco de
aumentar. “Mudanças climáticas, conflitos violentos e outros desastres ameaçam
desfazer muitos dos nossos ganhos”, afirmou.
O secretário-geral ressaltou o poder de mobilização
que os Objetivos do Milênio tiveram desde 2000.
Em 2015, a meta de reduzir pela
metade o número de pessoas vivendo em extrema pobreza já havia sido alcançada,
conforme previsto pela agenda global anterior. Se a Agenda 2030 for cumprida,
“a nossa pode ser a primeira geração a testemunhar um mundo sem extrema
pobreza, onde todas as pessoas – não apenas os poderosos e privilegiados –
podem participar e contribuir igualmente, livres de discriminação e penúria”,
disse o dirigente.
Ban Ki-moon afirmou ainda que os novos Objetivos
Globais incluem o combate à desigualdade e ao preconceito. “Não deixar ninguém
para trás significa acabar com a discriminação e o abuso direcionados à metade
da humanidade – as mulheres e meninas do mundo. Significa lutar contra a
discriminação notória contra minorias, migrantes e outros”, destacou.
Fonte: ONU Brasil
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