Mais sol
e vento na energia brasileira.
Parque eólico de Acarati, no Ceará. Foto:
Greenpeace.
Leilão de renováveis traz 1,4 GW para a matriz
energética. A passos lentos, o Brasil ruma à expansão da energia limpa.
Aconteceu na sexta-feira (13/11) mais um
leilão de energia e dessa vez, focado nas fontes renováveis solar e eólica. A
contratação total foi de 1,4 GW. Disso, 929,34 MW são de projetos
fotovoltaicos, contratados a um preço médio de R$297,75. Somado ao que foi
vendido no último leilão exclusivo para a fonte, em agosto, ultrapassou-se a
marca dos 1,7 GW – metade da contratação de energia renovável de 2015.
Esses projetos serão essenciais para suprir a
futura demanda de eletricidade, principalmente durante o verão, quando ela é
maior. Mesmo que a passos lentos, parece que o Brasil está no caminho certo
para a expansão da energia solar e para o desenvolvimento de uma indústria
nacional da fonte.
Para continuar nessa direção, contudo, é preciso que o Governo conceda mais incentivos, tanto para a forma centralizada, quanto na forma descentralizada das fontes fotovoltaicas. Afinal, o maior potencial para desenvolver a energia solar está bem em nossos telhados, mas segue despercebido pelo Governo Federal.
Já a energia dos ventos saiu do leilão com 498,2 MW
contratados a um preço médio de 204,66 R$/MWh. Foram 18 projetos, sendo 16
deles na Bahia. Os outros dois estão no Maranhão e no Rio Grande do Norte. A
fonte fechará o ano de 2015 com a contratação de 40 projetos. Isso soma 1,12 GW
de energia.
A indústria eólica segue em expansão no Brasil e as
perspectivas no médio e longo prazo são muito otimistas. No entanto, desde os
últimos leilões, os projetos de energia dos ventos estão enfrentado
dificuldades por conta de uma alteração na regra de contratação. A nova norma
obriga que os projetos eólicos garantam o acesso às linhas de transmissão –
hoje um gargalo no país. O Governo precisa ajustar esse problema o quanto
antes. Assim, a energia eólica poderá se expandir em ritmo mais acelerado.
Dois mil e quinze é o ano em que nações do mundo
todo irão fechar um novo acordo climático e o Brasil já se comprometeu com uma
meta de redução de emissões. É também o momento em que o país ainda enfrenta as
consequências de um forte crise hídrica e do setor elétrico. As fontes solar e
eólica são essenciais para ajudar o governo brasileiro a cumprir bem seu papel
de casa – gerar energia para a sociedade com menos impacto ambiental. Isso
porque são complementares às hidrelétricas e ainda auxiliam a reduzir as
emissões dos gases de efeito estufa. Mas, para tudo isso, o Governo precisa
colaborar e garantir uma maior contratação dessas fontes nos próximos anos. Que
novos leilões de renováveis venham em 2016.
Fonte: Greenpeace Brasil
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