Sem sustentabilidade não existe
crescimento econômico, diz Paul Gilding.
por
Redação do Akatu
Foto: http://www.shutterstock.com/.
Em evento do Cebds, especialista fala da
importância em integrar a sustentabilidade aos negócios das empresas.
Sem sustentabilidade, não existe crescimento econômico.
A questão é urgente, pois sem sustentabilidade a economia irá colapsar. Este é
o alerta de Paul Gilding, que há quase 40 anos atua como defensor das
implicações da sustentabilidade e mudanças do clima para estratégias de
negócios e da economia. “Hoje, o fator impulsionador da sustentabilidade não
deve ser a responsabilidade, mas a economia”, diz.
Autor do livro “A Grande Ruptura”, o australiano
Gilding ministrou, no dia 31 de outubro, a palestra magna de um evento do
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds). No
evento, o Cebds lançou a plataforma do projeto Ação 2020, com ações das
empresas para aliar a agenda do setor privado com a da sociedade e propor
soluções de negócios e políticas públicas.
Na visão de Gilding, os mercados são os melhores
ambientes para promover mudanças, já que as empresas são capazes de promover
transformações efetivas em passo rápido. “O problema é que a sustentabilidade
não está integrada aos negócios das empresas”, diz.
Por parte dos consumidores, a demanda existe. Cerca
de 70% dos compradores globais já demonstram que esperam ofertas de produtos
mais sustentáveis, segundo o especialista. Ele alerta que as empresas que não
perceberem esse movimento vão parar de crescer. “A oportunidade de negócio está
aí para as empresas crescerem em bases sustentáveis.”
Para Gilding, o papel do governo é importante, ao
proporcionar condições para as empresas mudarem e se desenvolverem de forma
sustentável. Para ele, influenciar políticas públicas é uma das ações
necessárias para criar um ambiente de mercado favorável.
Na palestra, Gilding projetou um cenário em que o
poder de consumo da Ásia e dos Estados Unidos crescem como atualmente: a
estimativa é que, em 2030, serão necessários 3 planetas para dar conta dos
padrões atuais de produção e consumo. Atualmente, consumimos 1,5 vez mais do
que a capacidade do planeta de fornecer recursos e absorver resíduos. Por isso,
ele alerta que é preciso ter senso de urgência. A crise global é inevitável,
mas quanto mais mudanças foram promovidas agora, mais gerenciável ela será, diz
Gilding. “Menos pessoas sofrerão os impactos e a transição será mais suave.”
Fonte: Akatu
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