Publicação aborda as más
condições de trabalho nos canaviais.
Programa Escravo, nem pensar! lança
material didático que discute o pagamento por produtividade, exposição a altas
temperaturas, trabalho escravo e mortes por esforço excessivo. Faça o download
da publicação, aqui.
(Escravo, nem pensar!)
A história da cana-de-açúcar confunde-se com a do
próprio Brasil. Atualmente, o setor sucroalcooleiro ainda é um dos mais
relevantes e expressivos na economia brasileira, devido à exportação de
açúcar e do bioetanol, ambos produtos da cana-de-açúcar. Contudo, é
preciso ressaltar que nem sempre as condições dos trabalhadores dessa
atividade são adequadas. Cortadores de cana e operadores de máquina estão
constantemente submetidos a sérias violações trabalhistas, incluindo casos
de trabalho escravo.
Para discutir essa questão, o programa
educativo “Escravo, nem pensar!” lança a publicação “As
condições de trabalho no setor sucroalcooleiro”. O material traz um raio-x
dessa atividade econômica e destaca as más condições de trabalho enfrentadas
por trabalhadores que, em geral, migram de estados do Nordeste e do Vale do
Jequitinhonha (MG) para São Paulo, maior produtor de cana-de-açúcar do país. O
leitor encontra também um panorama regional que discute os impactos desse
cultivo em Goiás e Mato Grosso do Sul, onde indígenas foram libertados do
trabalho escravo em canaviais.
Historicamente, o setor sucroalcooleiro sempre
figurou entre campeões de trabalho escravo. Por ser uma atividade extremamente penosa
e que absorve grande contingente de pessoas, o Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) escolheu a colheita de cana-de-açúcar como foco prioritário
de suas fiscalizações nos últimos anos. Entre 2003 e 2013, os fiscais
resgataram 10.709 trabalhadores submetidos ao trabalho escravo no corte de
cana.
A publicação do fascículo teve apoio
da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O material
didático será distribuído gratuitamente nas formações do programa e está
disponível para download.
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