Falta d’água: não é uma crise
ocasional.
por Patricia Fachin e
Andriolli Costa, do IHU On-Line
Entre as razões que explicam a crise hídrica e de
abastecimento no estado de São Paulo, “uma mudança climática intensa” é, “sem
dúvida”, o elemento central para compreender a “maior crise de abastecimento e
a maior crise hídrica nos últimos 100 anos”, diz o pesquisador José Galizia
Tundisi à IHU On-Line, em entrevista concedida por telefone.
“As causas dessa crise estão relacionadas a uma
seca muito intensa e à falta de precipitação. Para dar um exemplo, em outubro
deste ano teríamos de ter tido 130 milímetros de chuva, como é o esperado, mas
tivemos só 30”, exemplifica.
Na avaliação do especialista, a “magnitude da
crise” foi uma surpresa, mas a resolução do problema não passa por “fazer mais
do que já estava sendo feito”. Segundo ele, “o estado de São Paulo tem um
sistema de controle de qualidade e quantidade de água bem estabelecido” e,
portanto, “nem o Sistema Federal, nem o Sistema Estadual poderiam fazer muito
mais, dada a magnitude da crise e a rapidez com que ela ocorreu”. Tundisi
critica e alerta a politização que tem sido feita em relação ao tema. “Não
poderia haver uma politização da crise, uma vez que isso não é benéfico para
ninguém”, pontua.
De acordo com ele, o “Sistema da Cantareira está
sofrendo uma enorme depressão de volume de água”, e se não chover nos próximos
30 dias “vamos ter de usar as últimas reservas de água do Cantareira e a partir
daí tenho impressão de que deverão ser mobilizados outros tipos de transposição
de águas, de outras represas, para que com isso se possa aportar mais água ao
sistema e para que ele não entre em colapso”, esclarece.
Tundisi explica ainda que a crise hídrica pode
ser estendida a outros estados brasileiros, pois há um “desequilíbrio
hidrológico”. “Estamos passando por uma série de mudanças climáticas muito
sérias, está havendo extremos hidrológicos. (…)Há um processo de desequilíbrio
hidrológico em algumas áreas, por exemplo, em áreas muita secas, há excesso de
chuva. Por outro lado, a seca no Nordeste esse ano foi a maior dos últimos
cinquenta anos, e o excesso de chuva e de precipitações no Sul resultou que,
nas Cataratas do Iguaçu, em julho deste ano, houve um excesso de 46 milhões de
litros de água por segundo despejados, sendo que a média é um milhão e meio, ou
seja, há desequilíbrios. Portanto, é com esses problemas regionais e
continentais que o país terá de lidar”.
José Galizia Tundisi é graduado em História
Natural, mestre em Oceanografia na University of Southampton e doutor em
Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo – USP. Atualmente
é professor titular aposentado da USP e professor titular do curso de Qualidade
Ambiental da Feevale. É presidente da Associação Instituto Internacional de Ecologia
e Gerenciamento Ambiental – IIEGA e pesquisador do Instituto Internacional de
Ecologia – IIE. Suas pesquisas são financiadas pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Quais são as razões da
crise de abastecimento de água em São Paulo?
José Tundisi – A principal
razão, sem dúvida nenhuma, é uma mudança climática muito intensa que está
ocorrendo, e disso temos praticamente a maior crise de abastecimento e a maior
crise hídrica nos últimos 100 anos. E, portanto, as causas dessa crise estão
relacionadas a uma seca muito intensa e à falta de precipitação. Para dar um
exemplo, em outubro deste ano deveríamos ter tido 130 milímetros de chuva, como
é o esperado, mas tivemos só 30, portanto, essa é a causa principal.
IHU On-Line – Durante a disputa eleitoral
deste ano, a crise de abastecimento de água foi usada como método de acusação
de um partido contra o outro. Era possível em âmbito federal e estadual ter
tomado medidas que evitassem essa crise?
José Tundisi – Acredito que não.
O estado de São Paulo tem um sistema de controle de qualidade e quantidade de
água bem estabelecido há muito tempo e não se trata de fazer mais do que já
estava sendo feito. Na verdade houve, sob certo ponto de vista, uma surpresa
até na magnitude da crise, porque se esperava uma crise, mas não dessa
magnitude.
A crise vem se estabelecendo já há alguns anos,
mas havia uma diminuição. De todo modo, acho que nem o Sistema Federal nem o
Sistema Estadual poderiam ter feito muito mais, dada a magnitude da crise e a
rapidez com que ela ocorreu, porque a crise foi muito rápida, de modo que em
outra entrevista, dada ao jornal Folha de S. Paulo, eu já tinha alertado que
não poderia haver uma politização da crise, uma vez que isso não é benéfico
para ninguém.
Continuo achando isso e continuo dizendo que deve
haver uma união de esforços no sentido de procurar soluções de longo prazo e
que sejam mais adequadas. Na verdade, o que está se desenhando é que a crise
será muito mais longa do que parece; ela não é uma crise ocasional, é uma crise
quase que permanente pelo menos por alguns anos. E evidentemente é preciso
encontrar soluções que enfrentem esse problema de uma forma por um lado
emergencial e, de outra, com medidas estruturais e não estruturais de longo prazo.
IHU On-Line – É possível pensar que uma
crise de abastecimento, tal qual ocorre em São Paulo, se alastre por outros
estados brasileiros?
José Tundisi – É possível, sim.
Nós estamos passando por uma série de mudanças climáticas muito sérias, estão
ocorrendo extremos hidrológicos, porque quando se fala em crise de água, quer
dizer que em alguns casos no Brasil há excessos hidrológicos, que é o próprio
caso do Rio Grande do Sul. Portanto, há um processo de desequilíbrio
hidrológico, em algumas áreas com muitas secas, e, em outras, com excesso de
chuva. Por exemplo, a seca no Nordeste este ano foi a maior dos últimos
cinquenta anos, enquanto o excesso de chuva e de precipitações no Sul resultou
que, nas Cataratas do Iguaçu, em julho deste ano, houve um excesso de 46
milhões de litros de água por segundo despejados, sendo que a média é um milhão
e meio. Portanto, é com esses problemas regionais e continentais que o país
terá de lidar.
IHU On-Line – Quais são os reservatórios
de água considerados críticos hoje no país?
José Tundisi – Se você olhar as
hidrelétricas de Minas Gerais, por exemplo, elas têm problemas, Furnas também,
todos os reservatórios do Rio Grande do sul, do Paranapanema, do próprio Tietê,
têm problemas de seca. A hidrovia Tietê-Paraná parou de funcionar por causa da
seca e, portanto, a crise atinge uma área grande do Brasil, atinge também uma
parte do Rio de Janeiro e uma parte do Paraíba. Portanto, todo esse conjunto
deve ser considerado como uma séria ameaça à economia e à saúde pública do país
e a uma grande parte da população do país, que se concentra principalmente na
região Sudeste.
O que é muito significativo é que se fala muito
em “quantidade de água”, mas não existe uma preocupação com “qualidade de água”
e esse é outro problema. Inclusive levantei essa questão na semana passada com
o presidente da Academia Brasileira de Ciências, e sugeri que a Academia faça
um alerta aos governos federal, estaduais e municipais para chamar a atenção
para o problema da qualidade da água e da saúde pública associada à seca ou às
enchentes, porque isso também tem problemas com as enchentes.
O pessoal quer água, muito bem, mas que tipo de
água? O que essa água vai causar? Hoje, em certas regiões de São Paulo, se
distribui água em caminhões-pipa. De onde vem essa água e qual a sua qualidade?
Então isso precisa ser considerado.
IHU On-Line – Quem é o presidente atual
da Academia Brasileira de Ciências e qual a posição que a academia demonstrou?
José Tundisi – O presidente
atual é o professor Jacob Palis. A Academia Brasileira de Ciências vai fazer
uma reunião dias 21 e 22 de novembro em São Paulo, juntamente com a Academia de
Ciências do Estado de São Paulo, para discutir a crise de abastecimento e a
seca no Sudeste do estado. Aí vai ser discutido e provavelmente vamos
apresentar um comunicado ao país em função da discussão dos especialistas;
seguramente deveremos produzir um documento que vai incluir também a questão da
qualidade e um alerta às secretarias da saúde, por exemplo, com a finalidade de
que se possa chamar a atenção para o problema e pedir que as autoridades tomem
medidas preventivas de extremo cuidado com relação à qualidade da água.
IHU On-Line – Qual o papel de cientistas
e especialistas para chamar a atenção dos poderes públicos para as medidas mais
efetivas no combate e prevenção nesse tipo de crise?
José Tundisi – Nós temos de
atuar de uma forma propositiva e ao mesmo tempo de alerta, propondo medidas
seguras para que se possa enfrentar a crise. Vou dar um exemplo: uma represa
que é frequentada por cerca de 10 mil pessoas nos finais de semana, que não
tinha nenhum problema de qualidade de água, começou a apresentar problemas
severos de qualidade de água na região de São Carlos, de Pirapina e de Brotas,
e isso me obrigou a escrever um laudo aos prefeitos dessas cidades, aos
secretários da saúde e à promotoria pública no sentido de impedir o contato
direto da população com essa água, ou seja, impedir o banho, porque as
condições de balneabilidade da represa, em 43 anos, superaram e muito as
condições mínimas da Organização Mundial da Saúde para a balneabilidade. Então,
o que nós temos de fazer é alertar os poderes públicos e os sistemas de
controle de vigilância sanitária para impedir que a população possa, por
exemplo, utilizar a água de má qualidade e sofrer efeitos de saúde. Nós não
temos o poder de impedir isso, mas os setores públicos têm, e a nossa função é
alertá-los para que eles possam tomar as medidas necessárias.
IHU On-Line – Qual é a atual situação do
Sistema da Cantareira?
José Tundisi – O Sistema da
Cantareira está sofrendo uma enorme depressão de volume de água, e com isso nós
estamos esperando que se não chover dentro de mais ou menos 30 dias, vamos ter
de usar as últimas reservas de água da Cantareira. A partir daí tenho a
impressão de que deverão ser mobilizados outros tipos de transposição de águas,
de outras represas, para que com isso se possa aportar mais água ao sistema e
para que ele não entre em colapso.
No caso de São Paulo especificamente, o problema
não é só para abastecimento público; a hidrovia fechou, mas a hidroeletricidade
é fundamental, porque, por exemplo, São Paulo é o maior produtor de suco de
laranja do mundo, São Carlos é um dos maiores produtores de etanol do mundo, e
tudo isso depende de água e de abastecimento. Bom, esse é um problema que deve
ser considerado dentro de um contexto mais amplo, não só de abastecimento
público, de modo que a questão da Cantareira entra na questão do abastecimento
público, mas há outros problemas subjacentes de saúde pública, de economia,
geração de emprego e renda, por exemplo, de queda na produção, os quais devem
ser considerados.
IHU On-Line – Especialistas dizem que o
desmatamento em bacias hidrográficas contribui para diminuir a quantidade e a
qualidade das águas. Quais são as bacias hidrográficas de São Paulo mais
degradadas e por quais razões elas se encontram em tal estado?
José Tundisi – São várias
razões. Apesar dos esforços que têm sido feitos para a recuperação de bacias
hidrográficas, com reflorestamento, etc. — e a Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo – FAPESP tem tido um papel fundamental nesse projeto de
recuperação da biodiversidade terrestre através do reflorestamento, porque ela
teve um grande programa que mobilizou justamente no sentido de restaurar bacias
hidrográficas —, nós temos algumas bacias, especialmente nas regiões
metropolitanas, que sofreram esses processos de desmatamento. No interior do
estado também, por causa da urbanização, há um impacto de desmatamento dos
mananciais em muitas cidades; por outro lado, algumas cidades utilizam recursos
hídricos subterrâneos, que também estão sob pressão. Então, entre essas causas
todas, sem dúvida nenhuma, o desmatamento é um dos problemas mais sérios da
escassez de água.
IHU On-Line – Qual o nome das bacias em
estado crítico?
José Tundisi – Bacia do Baixo
Cotia, na região metropolitana de São Paulo; no Rio Sorocaba tem um programa de
reflorestamento muito bem sucedido, no Rio Jundiaí também, no Rio Jacaré Pepira
também. Já outros rios afluentes do Tietê, por exemplo, na Bacia do Tietê
Jacaré, sofreram desmatamento forte por causa da plantação de cana-de-açúcar.
Então, não é algo contínuo, é espalhado no estado em função dos impactos da
urbanização, da industrialização e da agricultura.
IHU On-Line – Como e em que sentido a
degradação dos biomas brasileiros impacta nos recursos hídricos? Nesse sentido,
qual é o papel do Cerrado para garantir o abastecimento de água no país?
José Tundisi – O Cerrado tem um
papel importante porque tem um milhão e meio de metros quadrados, mas o bioma
foi muito impactado com o movimento da agroindústria, especialmente de soja, e
evidentemente a recomposição das áreas de mananciais no Cerrado é uma das
grandes prioridades. Nessa próxima etapa de governo — e eu dizia isso antes da
eleição, qualquer que fosse o governo —, o grande fator de mobilização pode ser
um megaprojeto de reflorestamento no Brasil todo; isso gera empregos, protege o
meio ambiente, os mananciais, a qualidade da água, porque, em regiões onde há
proteção a partir do manancial, se gasta muito pouco para tratar a água. Em
contrapartida, num manancial degradado, sem cobertura vegetal e sem proteção, o
custo do tratamento pode ser até cem vezes maior. Portanto, há uma relação
muito forte entre a questão da proteção da biota terrestre, especialmente a
vegetação e a biodiversidade terrestre, e a qualidade e quantidade de água.
Isso é fundamental para restaurar as reservas hídricas do país; isso em nível
de Brasil, não é apenas em São Paulo.
IHU On-Line – Já é possível vislumbrar os
impactos do Código Florestal nos recursos hídricos? Quais são os principais
equívocos do Código Florestal aprovado há pouco mais de dois anos sobre os
recursos hídricos?
José Tundisi – Por enquanto,
ainda não, até porque esse Código Florestal já vem sendo “estuprado” há muito
tempo, não é de agora que ele tem sido alterado. Eu fui muito contra o
estabelecimento de metas físicas para proteger a vegetação ao longo dos rios,
porque se falou muito em cinco metros, dez metros, trinta metros. Isso não
existe; o que existe é o rio e a sua calha e a área de inundação do rio. A
proteção deve ir até onde o rio pode inundar as suas margens, porque aí é que
está a vegetação que tolera a inundação: podem ser cinco, dez ou cem metros.
Essa questão é que precisaria ser discutida, mas não foi. É o rio e a sua
calha, e não a metragem fixada pelo homem. Não é o homem quem tem que fixar a
metragem até onde vai a vegetação; quem tem que fixar essa metragem é a
capacidade de manter o ecossistema funcionando.
IHU On-Line – Em sua opinião, quais são
os outros equívocos que o Código Florestal traz?
José Tundisi – Faltou uma visão
mais clara de incentivos em relação à proteção. Precisaria ser mais incisivo
com relação aos incentivos que se pode dar para aqueles que protegem as áreas
de vegetação e o próprio reflorestamento. A recomposição de serviços dos
ecossistemas, por exemplo, e o pagamento de serviços ambientais, poderiam ter
sido mais enfatizados nesse projeto.
IHU On-Line – Que medidas estão sendo
desenvolvidas para resolver o problema de abastecimento em São Paulo?
José Tundisi – As medidas
emergenciais são aquelas que o governo está tomando em função da transposição
de água de alguns reservatórios para outros. São Paulo está fazendo também uma
adutora grande que vai buscar água no Rio São Lourenço, na região sul do estado
de São Paulo, e que traria mais água para o abastecimento, mas isso vai demorar
mais um pouco. De todo modo, emergencialmente estão sendo efetuadas medidas de
transposição de água de bacia, também estão sendo efetuados incentivos para que
as pessoas utilizem menos água, ou prêmios com bônus para que as pessoas
economizem água, o que também é importante nessa questão; e, também, em áreas
críticas, a disponibilização de caminhões-pipa para abastecer as cidades onde
há situações muito críticas. Ainda precisa mais, deve-se pensar em transposição
de água de outras regiões, em dessalinização de água na Baixada Santista, o que
pode ser um fator importante de produção de água doce em larga escala para a
população da região metropolitana, de modo que essas medidas ainda não foram
tomadas, mas seguramente nós vamos influenciar para que elas possam ser
tomadas.
IHU On-Line – O que a crise hídrica de
São Paulo revela sobre o sistema hídrico brasileiro?
José Tundisi – Falhas da
governança, falhas na capacidade de mensuração, principalmente da qualidade da
água e monitoramento integrado. Além disso, o tripé qualidade da água,
quantidade de água e governança está desconectado. O principal problema é este,
de todos os lados nós temos falhas. Temos uma excelente lei de recursos
hídricos, mas cuja implementação é muito lenta e de difícil desenvolvimento, e,
além disso, há um problema de governança: os nossos comitês e agências de
bacias deveriam estar funcionando em todo território nacional, com recursos
próprios gerados na bacia para recuperação dessas bacias. Então, lentidão nas
execuções da lei de recursos hídricos, que eu repito, é uma das melhores do
mundo, e integração muito pouco efetiva entre quantidade de água, qualidade de
água e governança, e mais participação popular na economia de água.
IHU On-Line – Ainda que não possamos
politicalizar a crise, não é importante cobrar dos nossos políticos que eles
desenvolvam um pensamento mais sistêmico, que seja capaz de fazer ligações
entre, por exemplo, o desmatamento e os incentivos a uma exploração desenfreada
e a falta de água, é pensar não só as causas, mas o sistema que leva a isso?
José Tundisi – Claro,
completamente de acordo. Isso precisa ser feito com urgência. O Congresso
precisaria se mobilizar para poder colocar leis de incentivos mais efetivas e
leis de estímulo à mobilização, e também pensar de uma forma mais ampla em todo
o sistema de gestão de águas no Brasil com mais competências das agências, a
capacidade de integração das agências federais com as agências estaduais e
inclusive com o sistema municipal.
Na região do Sul, especialmente no Vale do Rio
dos Sinos, que conheço bem — sou professor titular da Universidade Feevale —,
temos trabalhado muito essa questão do Vale do Rio dos Sinos e a integração do
comitê de bacias, do qual a Unisinos e a Feevale fazem parte, e outras
universidades da região mais as prefeituras. Isso tem de ser integrado de uma
forma mais efetiva, com o apoio do governo estadual e do governo federal, de
tal forma que isso possa ser realmente um conjunto de ações efetivas.
O problema todo é que no Brasil tem bons
projetos, bons planos e fraca execução. Esse é o eterno problema deste país: a
execução é fraca, é falha e lenta. Esse é o problema do Brasil em todas as
áreas, especialmente nos setores públicos federal, municipal e estadual. Tem
bons planos, bons projetos, tem recursos, e na hora de executar existem grandes
falhas, ou porque os executores não foram treinados, ou porque os executores
não têm essa visão sistêmica ou então têm essa visão mais setorizada do
processo, mas o principal é capacitação. Por isso nós estamos fazendo um grande
esforço para capacitar gestores, para capacitar gerentes, para capacitar
pesquisadores que se integrem ao sistema de gestão e com isso melhorar o
processo de execução.
Fonte: IHU On-Line
Nenhum comentário:
Postar um comentário