Crescimento urbano terá impactos
significativos sobre a biodiversidade.
por
Luciene de Assis, do MMA
Crescimento urbano sem precedentes exige gestão
inovadora.
Livro lançado pela ONU com dados importantes sobre
o crescimento urbano foi publicado em português com o apoio do MMA.
Até 2050, estima-se que 6,3 bilhões de pessoas
viverão nas cidades em todo o mundo, número que representa um aumento de 3,5
bilhões em relação aos dados de 2010.
Este é considerado o maior e mais rápido período de
expansão urbana da história da humanidade, segundo considerações do
secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, no
prefácio do livro “Panorama da Biodiversidade nas Cidades
– Ações e Políticas – Avaliação global das conexões entre urbanização,
biodiversidade e serviços ecossistêmicos” (clique para baixar em
pdf), que acaba de ser publicado em português com o apoio do Ministério do Meio
Ambiente (MMA).
De acordo com o titular da ONU, as novas demandas
transformarão a maioria das paisagens, tanto as naturais quanto as edificadas.
“O crescimento urbano terá impactos significativos sobre a biodiversidade, os
habitats naturais e muitos serviços ecossistêmicos dos quais depende a nossa
sociedade”, alerta Ban Ki-moon, enfatizando que os desafios da urbanização são
profundos, mas também representam oportunidades.
Ocorre que as cidades, segundo a própria ONU, têm
um grande potencial de gerar inovações e instrumentos de governança e,
portanto, podem “e devem” assumir a liderança no desenvolvimento sustentável.
Olho no futuro
Os textos do livro de 70 páginas trazem uma
avaliação global dos vínculos entre a urbanização, a biodiversidade e os
serviços ecossistêmicos, elaborados por mais de 75 cientistas e formuladores de
políticas de diversas partes do mundo.
A publicação sintetiza como a urbanização afeta a
biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, além de apresentar as melhores
práticas e lições aprendidas, com informações sobre como incorporar os temas da
biodiversidade e serviços ecossistêmicos às agendas e políticas urbanas.
Para o secretário-executivo da CDB, Bráulio de
Souza Dias, entre os principais objetivos do “Panorama da Biodiversidade nas
Cidades – Ações e Políticas” está o de servir como a primeira síntese global de
pesquisas científicas sobre como a urbanização afeta a biodiversidade e a
dinâmica ecossistêmica.
O livro apresenta uma visão geral, com análise e
resposta a lacunas de conhecimento em nossa compreensão sobre processos de
urbanização e seus efeitos sobre os sistemas socioambientais e aborda abordar
maneiras como a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos podem ser geridos e
restaurados de formas inovadoras para reduzir a vulnerabilidade das cidades à
mudança do clima e outras perturbações.
Ainda segundo Souza Dias, o conteúdo serve como
referência para os tomadores de decisões e formuladores de políticas, no que
tange aos papéis complementares de autoridades nacionais, subnacionais e locais
na preservação da biodiversidade. “Nosso mundo está cada vez mais urbano e as
cidades, seus habitantes e governos, podem, e devem, assumir a liderança na
promoção de uma gestão mais sustentável dos recursos vivos do nosso planeta”,
explica.
O subsecretário geral da ONU e diretor-executivo do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, avalia
que as cidades abrigam um celeiro de inovações e novas ideias, além de
exercerem um papel essencial na conservação da biodiversidade, “proporcionando
oportunidades excelentes para fazermos a transição para uma economia verde
inclusiva no mundo em desenvolvimento e desenvolvido”.
* Edição: Vicente Tardin.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
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