segunda-feira, 21 de março de 2016

São Paulo aposta na redução das emissões para ser novamente finalista do Desafio das Cidades.
A capital financeira do país concorre agora com outras oito cidades pelo posto de finalista do Desafio. Foto: © Divulgação.

Primeira cidade brasileira a adotar uma Política sobre Mudanças Climáticas, em 2009, São Paulo concorre pelo terceiro ano consecutivo ao título de Capital Nacional da Hora do Planeta, concedido no âmbito do Desafio das Cidades, projeto organizado pelo WWF em parceria com o ICLEI ao redor do mundo.

Por Redação do WWF Brasil –

O Desafio das Cidades é um movimento para mostrar que os esforços para adaptação e mitigação às mudanças climáticas não devem se restringir à Hora do Planeta, e, sim, permanecer durante todo o ano.

Neste biênio 2015/2016, o Desafio, que chega ao terceiro ano no Brasil, ganha muito em importância após os governos locais serem reconhecidos pelo Acordo de Paris (aprovado em dezembro passado durante a COP 21, na capital francesa) como importantes atores no esforço de manter o acréscimo médio da temperatura global em no máximo 2ºC até o fim do século, com a tentativa de chegar a 1,5ºC.

A capital Paulista, naturalmente grande emissora de carbono em função de sua estrutura de grande metrópole mundial, atua diretamente para tentar reduzir esse volume. Foi realizado, por exemplo, o 2º Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa do Município, com medição dos anos de 2003 a 2009 – e aditivos para 2010 e 2011. A metodologia utilizada foi a descrita pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) no ano de 2006.

Como consequência, SP criou diretrizes para o Plano de Ação para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, com foco nos setores de transporte, energia, construção, uso da terra, saúde e resíduos. Esse último, aliás, possui desde 2014 o Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos, conteúdo que norteará o planejamento da coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos nos próximos 20 anos. Ainda em 2016, a meta é aumentar a coleta pública seletiva de 1,8% para 10%, além da construção de quatro centrais mecanizadas de triagem.

Outra ação relatada na Plataforma de Registro Climático Carbonn, principal ferramenta de análise e monitoramento de projetos e medidas contra as mudanças climáticas para o Governos Locais, é a Lei Municipal de Energia Solar da Cidade de São Paulo, que exige a instalação de sistema de aquecimento solar da água para novas construções residenciais, comerciais e industriais. No mínimo, deve cobrir 40% do uso de energia para aquecer a água.

O transporte urbano, maior vilão das emissões nas cidades, não foi esquecido: o Programa Ecofrota prioriza que todo o transporte público de São Paulo deve operar com combustíveis renováveis até 2018. A redução progressiva dos combustíveis fósseis começou em 2009 e segue em 10% a cada ano.

A capital financeira do país concorre agora com outras oito cidades pelo posto de finalista do Desafio.


Fonte: WWF Brasil

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