Mão na
massa, pé na lama.
Projeto Rio de Gente abre chamada pública
para financiamento de estudos independentes no Rio Doce, região afetada pela
maior tragédia ambiental do Brasil.
Por Redação do Greenpeace Brasil –
“O curso de um rio não prevê a morte”. Assim
começa o manifesto do projeto colaborativo Rio de Gente, que conta com
parceiros como o Greenpeace
e outras organizações – e tem como objetivo apoiar a recuperação do Rio
Doce após o rompimento da barragem da mineradora Samarco em novembro do ano
passado. O projeto surgiu a partir da decisão do coletivo #SouMinasGerais de
promover shows beneficentes em Belo Horizonte e São Paulo e reverter
toda a renda para essa causa. Agora, o Greenpeace torna público os editais para
apoiar projetos de pesquisas que ajudem a avaliar e a dimensionar os impactos
causados pela tragédia.
Com um público total estimado em mais de 13 mil
pessoas, os dois shows juntos contaram com a participação de Criolo, Caetano
Veloso, Milton Nascimento, Jota Quest, Emicida, Tulipa Ruiz, Ney Matogrosso,
Fafá de Belém, Maria Gadú, Mariana Aydar, Emicida, Nando Reis, entre outros –
todos voluntários.
Para essa primeira etapa, com o dinheiro
arrecadado pelos eventos, o Rio de Gente vai promover pesquisas independentes
na região afetada pelo desastre da Samarco por meio de editais públicos. Os
temas de pesquisa são fauna, flora, água, impactos sociais e direitos das populações.
“Os temas buscam gerar resultado para ajudar a entender os impactos da tragédia
e gerar dados independentes para o monitoramento da recuperação do meio
ambiente e compensação justa para as pessoas”, explica Nilo D’Ávila,
coordenador de campanhas do Greenpeace Brasil. Serão apoiados projetos no valor
máximo de 70 mil reais durante seis meses.
A seleção das propostas e avaliação dos
resultados finais ficarão a cargo de uma comissão formada por especialistas. A
chamada pública foi lançada no dia 18 de fevereiro no site do Rio de Gente e
no do Greenpeace Brasil. O prazo de inscrição vai até o dia 18 de março, e o
anúncio dos contemplados acontecerá até o final de março.
As pesquisas científicas servirão para que os
culpados pelo desastre sejam devidamente responsabilizados, permitindo que a
reparação ambiental e da vida das pessoas seja feita de forma correta e justa,
baseada em informações confiáveis e idôneas. O rio de gente fala por si: “a
nascente do Rio Doce é em nós. É na nossa força e capacidade de mobilização que
navega a esperança de que ele volte a viver.”
Fonte: Greenpeace
Brasil
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