A forma
mais poderosa para priorizar a diversidade nas organizações.
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Assim como a diversidade e a biodiversidade são o
segredo da perpetuidade da vida na Terra, a gestão para a diversidade é o
segredo da sustentabilidade e da perenidade das empresas.
Por Liliane Rocha*
A solução é simples, porém tem encontrado
entraves para ser compreendida por lideranças do mundo corporativo. Para além
da importância efetiva da justiça histórica social em relação a grupos que têm
sido historicamente privados de seus direitos mais básicos é fundamental que
ocorra uma mudança de paradigmas.
A percepção da maioria das áreas de Recursos
Humanos e de líderes de grandes empresas permanece sendo a de que a
valorização da diversidade pode ser um entrave ao bom rendimento e a entrega de
resultados. Realidade expressa em frases tais como “como terei pessoas com
deficiência nesta atividade?”, “Quero contratar negros, mas este público tem
baixa escolaridade”, “Mulheres poderão não se adequar a está atividade”, “é novo
demais ou é velho demais”, “ou está religião não quero, pois se precisar que
trabalhe aos sábados eles não poderão”, a lista de comentários que expressam
claramente os pré-conceitos é infinita e não caberiam neste texto.
Contudo, esse padrão mental está equivocado. E quem
diz isso não sou eu, são pesquisas das mais diversas consultorias nacionais e
internacionais que tem comprovado a Gestão para a Diversidade como atributo
estratégico para o negócio. Isso quer dizer que a sua empresa não só deve valorizar
a diversidade por uma questão de justiça, equidade e para fazer o que é certo,
como também deve valorizar a diversidade se tem o objetivo de ser uma empresa
competitiva e com resultados de alta performance.
As comprovações são múltiplas, contudo enfatizarei
aqui estudos da McKinsey, AT&T, Forbes, Gullup e BainCompany. “Isthere a
payofffrom top team diversity” estudo da McKinsey de 2012 afirmaque empresas
com mais diversidade em seus quadros executivos tiveram melhores resultados
entre 2008 e 2010. O estudo realizado com 180 companhias de capital aberto da
França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, mostrou que companhias
classificadas no topo do ranking de Diversidade tiveram um ROE 53% maior na
média e um EBIT 14% mais alto.“O Avanço das Mulheres, 2012”, “O valor que os
colaboradores com Síndrome de Dowm podem acrescentar as Organizações, 2014”.
O estudo “O caminho das mulheres para alcançarem o
topo, 2013” da Bain Company também enfatiza que as diferenças de estilos entre
homens e mulheres não é o vilão, mas sim uma boa estratégia em momentos de
tomadas de decisão.
“Diversidade e Inclusão Global promovendo a
inovação por meio da Diversidade na força de trabalho, 2014”da AT&T também
explicita a diversidade como fator de lucratividade e destaca esta como
uma forma de assegurar que serviços, produtos e atendimentos estejam aderentes
aos anseios dos mais diversos estilos de consumidores.
Por fim, um estudo do Gallup Institute de 2014 com
800 unidades de negócios de duas empresas no varejo mostrou que as empresas com
uma equipe diversificada de gênero teve uma receita comparável média 14 por
cento maior do que unidades de negócio menos diversas. Isto mostra que a
diversidade não apenas gera uma experiência melhor para o cliente, mas
realmente cria receita para as empresas.
Portanto, a forma mais poderosa para convencer a
área de Recursos Humanos e a alta liderançada das organizações a valorizar
a diversidade humana é gerar o entendimento de que ao implantar esta estratégia
a empresa não estará assumindo um risco ou perto do fim como acreditam alguns,
mas que assim como a diversidade e a biodiversidade são o segredo da
perpetuidade da vida na Terra, a gestão para a diversidade é o segredo da
sustentabilidade e da perenidade das empresas. Se você, seu chefe ou seus
colegas de trabalho ainda não perceberam está realidade ainda há tempo.
Compartilhe este artigo e além de garantir uma sociedade mais justa, contribua
para o desenvolvimento da sua empresa.
* Liliane Rocha é diretora Executiva da
empresa Gestão Kairós (www.gestaokairos.com.br), mestranda em Políticas
Públicas pela Fundação Getúlio Vargas, MBA Executivo em Gestão da
Sustentabilidade na FGV, Extensão de Gestão Responsável para Sustentabilidade
pela Fundação Dom Cabral, graduada em Relações Públicas na Cásper Líbero.
Gestora com 11 anos de experiência na área de Responsabilidade Social tendo
trabalhado em empresas de grande porte – tais como Philips, Banco
Real-Santander, Walmart e Grupo Votorantim. Escreve mensalmente para Envolverde
sobre Diversidade e Sustentabilidade.
Fonte: ENVOLVERDE
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