quarta-feira, 1 de junho de 2016

Justiça decide que compensação de Belo Monte deve ficar no Xingu.
Vista aérea do Sítio Belo Monte, em novembro de 2013. Foto: Marcelo Salazar-ISA.

Atendendo a pedido do MPF e da Procuradoria Geral do Estado do Pará, o novo plano para destinação dos recursos vai ter que priorizar a região impactada pela usina.

Por Redação do ISA –

A Justiça Federal em Altamira (PA) ordenou a suspensão do repasse de mais de 70% das verbas de compensação ambiental da hidrelétrica de Belo Monte (PA) ao Parque Nacional do Juruena, no Mato Grosso, e obrigou que o novo plano para a destinação dos recursos dê prioridade à região impactada pelas obras da usina, no médio curso do rio Xingu, no Pará. Com isso, fica suspenso o repasse de cerca de R$ 109 milhões, em valores atualizados. A quantia deverá ser depositada em juízo até a decisão final sobre o destino da compensação.

Para a Justiça, “a deliberação do Comitê de Compensação Ambiental Federal (CCAF) não contemplou todas as unidades de conservação afetadas pelo empreendimento” e “há desproporcionalidade entre os valores destinados ao Parque Nacional de Juruena e as demais unidades de conservação, sobretudo porque a deliberação desconsiderou a primazia que deve ser conferida à região impactada”.



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