América
Latina e Caribe firmam parcerias para combater mudanças climáticas.
Poluição do ar foi tema de debates entre Ministros
do Meio Ambiente de 33 países da América Latina e Caribe. Na imagem, poluição
atmosférica na cidade de São Paulo. Foto: Flickr/Thomas Hobbs (cc) Ministros do Meio Ambiente da região concordaram em
criar uma plataforma para promover a troca de experiências sobre políticas
climáticas. Transferência de tecnologia entre países será uma das áreas visadas
pela iniciativa.
Por Redação da ONU Brasil –
Ao final do vigésimo Fórum de Ministros do Meio
Ambiente da América Latina e Caribe, líderes da pasta concordaram na semana
passada (31) em criar uma plataforma regional para o
combate às mudanças climáticas.
Este e outros acordos de cooperação foram firmados
a menos de dois meses da segunda Sessão da Assembleia Geral da ONU para o Meio
Ambiente (UNEA), que será presidida pela Costa Rica, segundo decisão acordada
durante o encontro. O Fórum foi organizado com o apoio do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Reunidos em Cartagena, na Colômbia, ministros de 33
países concordaram em estabelecer um programa de cooperação que permitirá a
discussão de políticas públicas voltadas para o clima e o debate de ações de
mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
A transferência de tecnologia entre países também
será um dos temas contemplados pelo projeto, que discutirá ainda meios de
financiamento e de implementação. A necessidade de expandir parcerias
regionais, mas também de adquirir novas tecnologias junto a países
desenvolvidos foi um dos destaques do Fórum.
O compromisso dos ministros busca promover “o
funcionamento saudável dos ecossistemas como condição global, transversal e
integral fundamental para um futuro melhor e mais justo para todos,
indispensável para o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza”.
A Declaração de Cartagena – como foi chamado o
documento de compromissos firmados ao final do encontro – determinou também a
atualização da Iniciativa Latino-americana e Caribenha para o Desenvolvimento
Sustentável (ILAC). O programa considera a integração entre Estados como motor
da promoção do crescimento sustentável.
Ministros determinaram que a Costa Rica será a
nação responsável por liderar os trabalhos da UNEA, além de definir que
Barbados vai atuar como um dos Estados vice-presidentes. A Sessão da Assembleia
Geral ocorrerá em Nairóbi, no Quênia, durante o mês de maio.
Os chefes da pasta também declararam que vão apoiar
os pequenos países insulares em desenvolvimento, auxiliando projetos nacionais
e regionais voltados para as mudanças climáticas, a biodiversidade, a
degradação do solo e a gestão dos recursos hídricos.
Outras medidas aprovadas entre os Estados
participantes incluem a criação de redes intergovernamentais para o manejo de
dejetos e produtos químicos e a produção de dados mais consistentes sobre a
poluição do ar, no âmbito do Plano Regional de Ação sobre Contaminação
Atmosférica, adotado pelo último Fórum de Ministros. Esta iniciativa reúne
recomendações para a redução de poluentes de vida curta, como o metano e os
hidrofluorocarbonetos.
O Fórum enfatizou também a importância do
fortalecimento, a nível regional, do PNUMA e sugeriu que o Programa amplie sua
cooperação com países latino-americanos e caribenhos, além de estimular
alianças com o setor privado e outros atores interessados em disponibilizar
recursos.
Fonte: ONU Brasil
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