quarta-feira, 11 de maio de 2016

Banco Mundial ajuda a criar sistema de monitoramento de incêndios no cerrado.
Foto: Agência Brasil/ Valter Campanato

Projeto faz parte das políticas brasileiras contra as mudanças climáticas; programa será desenvolvido ao longo dos próximos quatro anos; investimento será de US$ 9,2 milhões, o equivalente a cerca de R$ 32,6 milhões.

Por Mariana Ceratti, do Banco Mundial em Brasília para a Rádio ONU – 

O Banco Mundial aprovou uma nova iniciativa para detecção do desmatamento e a prevenção e monitoramento de incêndios no cerrado brasileiro.

Com valor de US$ 9,2 milhões, o equivalente a cerca de R$ 32,6 milhões, o projeto se desenvolverá ao longo dos próximos quatro anos. A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, Fundep, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Mict, é parceira desse trabalho.

Mudanças Climáticas

O projeto faz parte das políticas brasileiras contra as mudanças climáticas e também integra uma série de iniciativas financiadas pelo Programa de Investimento em Florestas.

Esta iniciativa apoia o Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, Programa ABC, o Cadastro Ambiental Rural e o Inventario Florestal do Cerrado.

Risco de Incêndios

O projeto apoiado pelo Banco Mundial vai criar sistemas para detectar e mapear o desmatamento no cerrado, alertar sobre o risco de incêndios e calcular as emissões de gases causadores de efeito estufa.

Segundo o órgão, as ações para monitorar o desmatamento e a degradação do cerrado são recentes, diferentemente do que ocorre na Amazônia, onde trabalhos desse tipo são realizados desde 1988.
Agricultura

Nas últimas duas décadas, o cerrado tem sido um dos centros mais importantes para o desenvolvimento da agricultura brasileira. No entanto, isso foi feito parcialmente às custas da vegetação nativa.

Além disso, o Banco Mundial alertou que o Brasil ainda não tem uma estimativa confiável da superfície do cerrado afetada pelo desmatamento e os incêndios.

Originalmente, o bioma cobre 24% do território brasileiro e também é um dos mais ameaçados pelo desmatamento. Dos 2 milhões de quilômetros quadrados de área, só metade ainda é de mata nativa.

Entre 2002 e 2008, o cerrado perdeu 4,1% da cobertura vegetal, em comparação com os 3,2% da Amazônia. Por isso, estudiosos defendem cada vez mais a criação de iniciativas que promovam o desenvolvimento sem prejudicar a fauna e a flora únicas desse bioma.


Fonte: Rádio ONU

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