Banco
Mundial ajuda a criar sistema de monitoramento de incêndios no cerrado.
Foto: Agência Brasil/ Valter Campanato
Projeto faz parte das políticas brasileiras contra
as mudanças climáticas; programa será desenvolvido ao longo dos próximos quatro
anos; investimento será de US$ 9,2 milhões, o equivalente a cerca de R$ 32,6
milhões.
Por Mariana Ceratti, do Banco Mundial em Brasília
para a Rádio ONU –
O Banco Mundial aprovou uma nova iniciativa para
detecção do desmatamento e a prevenção e monitoramento de incêndios no cerrado
brasileiro.
Com valor de US$ 9,2 milhões, o equivalente a cerca
de R$ 32,6 milhões, o projeto se desenvolverá ao longo dos próximos quatro
anos. A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, Fundep, ligada ao Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação, Mict, é parceira desse trabalho.
Mudanças Climáticas
O projeto faz parte das políticas brasileiras
contra as mudanças climáticas e também integra uma série de iniciativas
financiadas pelo Programa de Investimento em Florestas.
Esta iniciativa apoia o Programa de Agricultura de
Baixa Emissão de Carbono, Programa ABC, o Cadastro Ambiental Rural e o
Inventario Florestal do Cerrado.
Risco de Incêndios
O projeto apoiado pelo Banco Mundial vai criar
sistemas para detectar e mapear o desmatamento no cerrado, alertar sobre o
risco de incêndios e calcular as emissões de gases causadores de efeito estufa.
Segundo o órgão, as ações para monitorar o
desmatamento e a degradação do cerrado são recentes, diferentemente do que
ocorre na Amazônia, onde trabalhos desse tipo são realizados desde 1988.
Agricultura
Nas últimas duas décadas, o cerrado tem sido um dos
centros mais importantes para o desenvolvimento da agricultura brasileira. No
entanto, isso foi feito parcialmente às custas da vegetação nativa.
Além disso, o Banco Mundial alertou que o Brasil
ainda não tem uma estimativa confiável da superfície do cerrado afetada pelo
desmatamento e os incêndios.
Originalmente, o bioma cobre 24% do território
brasileiro e também é um dos mais ameaçados pelo desmatamento. Dos 2 milhões de
quilômetros quadrados de área, só metade ainda é de mata nativa.
Entre 2002 e 2008, o cerrado perdeu 4,1% da
cobertura vegetal, em comparação com os 3,2% da Amazônia. Por isso, estudiosos
defendem cada vez mais a criação de iniciativas que promovam o desenvolvimento
sem prejudicar a fauna e a flora únicas desse bioma.
Fonte: Rádio ONU
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