Você pode até não saber, mas o Ceará é um dos 17 Estados da Mata Atlântica. Originalmente, o bioma cobria cerca de 6% da área do Estado. Desses 865 mil hectares de áreas naturais, mais de 90% já foi desmatado, restando hoje apenas 64.240 hectares de remanescentes.
Por Mario Mantovani*
Poucos sabem, mas parte da vegetação costeira da
cidade de Fortaleza, como os mangues e restingas, fazem parte da Mata Atlântica
e de seus ecossistemas associados. Mais precisamente 1/3 do município era
coberto por Mata Atlântica, mas hoje restam apenas 1.164 hectares (12%) dessas
áreas. Dos 184 municípios do Estado, 67 têm ocorrência do bioma.
A compreensão da distribuição territorial da Mata
Atlântica é fundamental para envolver a sociedade e enriquecer o debate sobre a
importância da conservação e restauração do bioma. Dependemos diariamente dos
benefícios oferecidos por essa floresta, como a regulação do clima, a qualidade
do ar, a proteção das nascentes e a disponibilidade de água para o
abastecimento público. Um dos instrumentos mais eficientes para que os
municípios façam a sua parte na proteção do bioma é o Plano Municipal da Mata
Atlântica (PMMA), que reúne os elementos necessários à conservação, recuperação
e uso sustentável da vegetação.
Até o momento, sete municípios cearenses estão
com PMMAs em fase de elaboração, incluindo Fortaleza, sem que nenhum ainda
tenha sido concluído ou implementado. É essencial que toda a sociedade se
envolva na sua proteção, cobrando dos governos políticas de meio ambiente
localizadas, mas também participando da defesa desse Patrimônio Nacional.
* Mario Mantovani
é diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, ONG brasileira
que desenvolve projetos e campanhas em defesa das Florestas, do Mar e da
qualidade de vida nas Cidades. Saiba como apoiar as ações da Fundação em
www.sosma.org.br/apoie.
Fonte: SOS
Mata Atlântica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário