Belo
Horizonte tenta o tri no Desafio das Cidades da Hora do Planeta.
BH ganhou duas vezes consecutivas o desafio Desafio
das Cidades Nacional. Foto: © Divulgação/WWF-Brasil.
Belo Horizonte, duas vezes eleita Capital Nacional
da Hora do Planeta pelo Desafio das Cidades do WWF (em parceria do ICLEI),
disputa pela terceira vez o prêmio na edição 2015/2016. O seu maior êxito rumo
a uma economia de baixo carbono continua sendo o investimento em energia limpa,
com ênfase para a solar. O marco desta empreitada é o Mineirão, estádio-sede da
Copa do Mundo FIFA 2014 em que há uma usina solar fotovoltaica em pleno
funcionamento. Não à toa, BH é conhecida como a capital solar do país.
Mas o Mineirão não será o único palco de uma usina
como essa. A prefeitura tem planos de fazer o mesmo no Mineirinho e no
Aeroporto Internacional de Confins. Há, ainda, a lei 10.175/11, que determina o
uso de placas de painel solar para aquecer a água em todas as novas construções
comerciais e residenciais da cidade. A expectativa é reduzir as emissões de
gases de efeito estufa (GEE) em 3.905,5 toneladas de carbono por ano com a
medida.
Ações como essas foram reportadas pela prefeitura
de BH no Carbonn, plataforma de registro climático administrada pelo ICLEI ao
lado do C40 e do CGLU. Ela é uma das mais importantes do mundo e agora ganha
ainda mais importância, uma vez que os governos locais foram reconhecidos como
parte integrante da luta contra as mudanças climáticas no Acordo de Paris, que
deverá ser ratificado ainda em 2016.
A Política Municipal de Mitigação dos Efeitos da
Mudança Climática foi iniciada na capital mineira, aliás, em 2006, e trabalha
na articulação de políticas públicas e iniciativas privadas para reduzir as
emissões. O Plano (PREGEE, Plano de Redução de Emissões de Gases de Efeito
Estufa) prevê ações de curto, médio e longo prazos que levem a uma economia de
baixo carbono alinhada ao desenvolvimento econômico, com base nas áreas de
transporte, energia, saneamento básico e adaptação.
Energia também é um foco importante para Belo
Horizonte, com demonstra a Ferramenta de Avaliação Rápida de Energia da Cidade
(TRACE). Ela produz subsídios que, entre outras coisas, orientam o poder
municipal na discussão sobre utilização de lâmpadas de LED na iluminação
pública em substituição às tradicionais. Ela também cobre os setores de
passageiros, prédios municipais, água e resíduos sólidos, além de energia.
Já a CEMIG, por sua vez, movimenta o Programa de
Eficiência Energética, que segue a lei federal 9991/00 com o investimento de 1%
da receita em projetos e pesquisas de eficiência. Uma série de iniciativas
nessa linha foram implementadas para mostrar à sociedade a importância e os
caminhos da redução do desperdício.
Ao lado de Betim, Campinas, Fortaleza, Manaus,
Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Soocaba, Belo Horizonte tem
suas ações analisadas por um júri internacional, que decidirá as três
finalistas brasileiras do Desafio das Cidades da Hora do Planeta 2015/2016.
Fonte: WWF Brasil
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