Projetos de hortas comunitárias e de compostagem em UBS.
Fachada da UBS do Bosque dos Eucaliptos Foto:
Antonio Basilio – SJC 20-05-2013.
Por Júlio Ottoboni*
A implantação de um projeto de hortas comunitárias
e compostagem de resíduos orgânicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs),
incentivando a consciência ambiental e a alimentação saudável, surgiu na união
de duas secretarias da prefeitura de São José dos Campos, a da saúde e do meio
ambiente.
O projeto vai aproveitar o quintal de 12 unidades
que tenham área disponível para plantio e criar hortas comunitárias. Também
deve adotar a geração de adubo orgânico, a partir da utilização dos resíduos
gerados na própria unidade, alinhando-se assim às estratégias do Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS).
Segundo a nutricionista da Secretaria de Saúde,
Elisabeth Bismarck, o projeto terá um componente educativo e preventivo com
pacientes das unidades, especialmente os grupos de risco formados por
diabéticos, hipertensos, pessoas com quadros de desnutrição ou obesidade.
As Unidades Básicas de Saúde receberão equipamentos
de proteção individual, ferramentas, composteiras e sementes, que serão
fornecidos pelo Programa de Promoção da Saúde (SMS). Os funcionários e
voluntários envolvidos na horta comunitária receberão treinamento, mudas e
apoio do Programa Hortas Urbanas que oferece orientações sobre o cultivo de
hortaliças, ervas e temperos em pequenos espaços.
“A ideia é gradativamente começar uma pequena
produção de hortaliças nas unidades, praticar a compostagem, que fornecerá o
adubo para preparação do solo, e adotar critérios de inclusão para que a
comunidade participe de todo este processo”, explicou a nutricionista.
O programa Hortas Urbanas, da Secretaria de Meio
Ambiente, oferece orientações sobre o cultivo de hortaliças, ervas e temperos
em pequenos espaços. A intenção é estimular a alimentação livre de agrotóxicos
e o resgate de um maior contato com a terra. O curso que é dado ensina
também como transformar restos de alimento em adubo orgânico, rico em
nutrientes.
Uma das metas do Plano de Gestão de Resíduos do
município é promover a compostagem dos resíduos orgânicos na fonte geradora,
evitando seu transporte para longe do local de origem. O tratamento dos
resíduos orgânicos, somado à reciclagem dos materiais secos, aumentará a vida
útil do Aterro Sanitário, que hoje recebe em torno de 600 toneladas de lixo
domiciliar por dia.
Além das Unidades Básicas de Saúde, o programa de
compostagem está sendo expandido para escolas, secretarias e parques
municipais. E também atende condomínios de residenciais e domicílios.
A
compostagem também tem interface com a Agenda Ambiental na Administração
Pública, programa que internaliza a responsabilidade socioambiental nas
atividades do poder público por meio da adoção progressiva de critérios de
sustentabilidade. Um dos eixos temáticos da agenda é a gestão adequada dos
resíduos gerados.
* Júlio Ottoboni é jornalista diplomado, tem
31 anos de profissão, foi da primeira turma de pós-graduação de jornalismo
científico do Brasil, atuou em diversos veículos da grande imprensa brasileira,
tem cursos de pós-graduações no ITA, INPE, Observatório Nacional e DCTA.
Escreve para publicações nacionais e estrangeiras sobre meio ambiente
terrestre, ciência e tecnologia aeroespacial e economia. É conselheiro de
entidades ambientais, como Corredor Ecológico Vale do Paraíba, foi professor
universitário em jornalismo e é coautor de diversos livros sobre meio ambiente.
É colaborador
Attenborough fixo da Agência Envolverde e integrante da Rebia.
Fonte: ENVOLVERDE
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