Extensão global de manguezais foi reduzida pela metade em 40 anos, alerta UNESCO.
A destruição de manguezais põe em risco a biodiversidade e a produção de alimentos em zonas costeiras.
ONU
Formação
de mangue em Cuba. Foto: Flickr (CC)/Anusa Kreft
Em mensagem para o Dia
Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado em
26 de julho, a diretora-geral da UNESCO,
Audrey Azoulay, alerta que manguezais estão ameaçados, sobretudo
por conta do desenvolvimento das zonas costeiras. “Estima-se que,
em 40 anos, a cobertura global de mangues foi reduzida pela metade”,
afirmou a chefe da agência da ONU. Destruição ambiental põe em
risco a biodiversidade e o ser humano.
“Os mangues constituem uma
proteção contra tempestades, tsunamis e o aumento do nível do mar.
Eles impedem a erosão da costa, regulam a qualidade da água
costeira, mantêm áreas de pesca e contribuem para melhorar a
segurança alimentar de muitas comunidades costeiras”, ressaltou a
dirigente.
Audrey disse ainda que esses
ecossistemas “também fornecem um habitat para espécies marinhas
em perigo”. “Além disso, seus mecanismos naturais para armazenar
o carbono da atmosfera, conhecidos como ‘estoques de carbono azul’,
que realizam o sequestro de carbono e auxiliam a mitigar os efeitos
dos distúrbios climáticos ao longo das costas”, completou a chefe
da UNESCO.
Algumas das reservas da biosfera e
geoparques da agência da ONU contam com mangues em seus territórios.
Nessas localidades, o organismo internacional trabalha para acumular
conhecimento sobre essas formações naturais, além de melhorar sua
gestão e preservação. A UNESCO também visa criar estratégias
para promover o desenvolvimento sustentável de tribos indígenas
instaladas nesses ecossistemas.
Outra frente de atuação da
instituição é a Iniciativa Carbono Azul, que tem a participação
da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Realizado
em conjunto com a ONG Conservation International e a União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o projeto
busca combater as mudanças climáticas, protegendo e recuperando
ecossistemas marinhos. Um dos focos do programa são os mangues,
pântanos-de-maré e os prados marinhos.
Em 2018, o Equador sedia as
comemorações globais da data em prol da proteção dos mangues, que
estão presentes na Reserva da Biosfera do Arquipélago de Colón, em
Galápagos. Audrey convidou a comunidade internacional a se inspirar
no país latino-americano e a “renovar os nossos esforços para
apoiar a preservação de um ecossistema que é essencial para o
nosso planeta e para seus habitantes”.
Fonte: UNESCO
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