Pacto
pela Amazônia.
Soma de esforços entre diferentes atores sociais
tem proposta de contribuir para a restauração do bioma brasileiro.
Por Redação da Envolverde*
De agosto de 2015 a julho de 2016 foram cerca de
7.989 km² de área desmatada na Amazônia, segundo dados do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). O número cresceu 29%, se compararmos com o ano
anterior. Entre os responsáveis estão a conversão da floresta para outros usos
e a exploração ilegal de madeira. Para transformar essa realidade, foi lançada
nesta segunda-feira, 30, em Belém, a Aliança pela Restauração na Amazônia, com
a participação de ONGs, academia, setores produtivos, representantes do governo
e sociedade civil.
Entre as propostas da Aliança estão a de mapear e
visibilizar oportunidades para a restauração na Amazônia e encurtar o caminho
entre financiadores e produtores rurais que necessitam ajustar passivos
ambientais.
Para Rachel Biderman, diretora do World Resources
Institute (WRI), “ é fundamental fortalecer os elos da cadeia de restauração no
Brasil; e a Amazônia tem todos os elementos para liderar o bom exemplo”. Ela
enfatiza, também, que “a Aliança inclui no mapa da agenda de restauração
global, de larga escala, o importante bioma amazônico, que passa a integrar a
‘era da restauração’, preconizada pela Declaração de Nova York sobre
Florestas”.
Rodrigo Medeiros, vice-presidente da CI-Brasil,
organização responsável pela secretaria executiva da Aliança, reforça que
“queremos gerar inteligência e conciliar técnicas inovadoras para a
restauração, de forma que a soma dos esforços dos envolvidos na Aliança gere
impactos maiores que o trabalho que já vem sendo feito de forma isolada. Isso
também alavancará a redução do custo da restauração, o que é fundamental para
alcançarmos a restauração florestal em larga escala.”
O Secretário de Programa do Programa Municípios
Verdes do Estado do Pará, Justiniano Netto concorda que se trata de um
importante passo: “ alianças como essas são fundamentais para contribuir com o
Estado do Pará. O combate ao desmatamento vem sendo trabalhado pelo governo e
esta Aliança irá somar esforços, por exemplo, no oeste e no sudoeste da Região
Transamazônica, região que concentra 15 municípios das áreas mais desmatadas do
Pará.”
Também estiveram presentes no evento hoje nomes
como Rodrigo Junqueira, do ISA; Érica Pinto, do IPAM; Márcio Dionísio, da IUCN;
Sâmia Nunes, do Imazon; Roberta Coelho, do Rock in Rio; Silvio Brienza, da
Embrapa; Artemísia Moita, do Grupo Agropecuária Fazenda Brasil; Gracialda
Ferreira, da Universidade Federal Rural da Amazônia; Carlos Scaramuzza, do
Ministério do Meio Ambiente, e Rogério Campos, da Fundação Estadual do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima.
Em função de sua biodiversidade, a Amazônia é
considerada uma das mais importantes florestas tropicais do mundo. Foto: Alex
Silveira/ WWF Brasil
A Aliança
Atuação:
· Conciliar interesses e integrar ações em prol da
ampliação da escala e da eficiência da restauração florestal.
· Gerar, sistematizar e difundir conhecimentos e
informações sobre restauração florestal, silvicultura tropical e sistemas
agroflorestais.
· Apoiar a captação pelos membros para viabilizar
ações e projetos de restauração florestal.
· Impulsionar a economia da restauração florestal,
estimulando todos os elos da cadeia produtiva, gerando oportunidades de
negócios, trabalho e renda.
· Contribuir para formulação e implementação de
políticas públicas que favoreçam a restauração florestal.
· Disponibilizar protocolos e ferramentas que
permitam a integração de dados para o monitoramento das ações de restauração e
avaliação da dinâmica florestal.
·Desenvolver ações de conscientização e
sensibilização da sociedade civil acerca da necessidade de
conservação/restauração da Amazônia.
Funcionamento:
· Adesão voluntária mediante assinatura do termo.
· Governança descentralizada, transparente e
inclusiva.
· Representatividade nos quatro segmentos (governo,
empresas, sociedade civil organizada e academia).
· Colaboração e cooperação entre os membros.
· Articulação e integração de ativos, experiências
e saberes.
· Respeito aos conhecimentos tradicionais.
· Comunicação dinâmica e transparente.
· Respeito às particularidades produtivas e
ecológicas dos variados ambientes e regiões amazônicas.
São membros fundadores da Aliança: Conservação
Internacional (CI-Brasil), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM),
União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), Instituto
Socioambiental (ISA), World Resources Institute (WRI), Embrapa, Instituto do
Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), Amazônia Live/Rock in Rio, AMATA e
Grupo AFB – Agropecuária Fazenda Brasil. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é
parceiro da iniciativa.
Para tornar-se um membro ou associar-se, é preciso
enviar um e-mail para alemos@conservation.org.
Fonte: ENVOLVERDE
Nenhum comentário:
Postar um comentário