Moedas
sociais das comunidades brasileiras entram na era digital.
Solução já opera comercialmente em
parceria com 65 bancos comunitários distribuídos por 18 Estados.
São Paulo, 23 de setembro de 2016.
Criadas para funcionar como instrumento de pagamento alternativo ao Real e
fomentar o crescimento da economia local em comunidades carentes por todo o
Brasil, as chamadas moedas sociais agora são virtuais e movimentadas por meio
de telefones celulares. Nomes como Palmas, Cocais, Palmeira, Maracanã, Dendê e
outras que eram usadas em forma de cédulas de papel foram incorporadas no
aplicativo E-Dinheiro, desenvolvido pela plataforma de serviços financeiros
digitais Moneyclip. Com apenas um ano de atuação, a empresa já opera
comercialmente em parceria com 65 bancos presentes em 18 Estados e tem um
contrato de exclusividade com o Banco Nacional das Comunidades para levar a
iniciativa em breve às outras 48 instituições que fazem parte dos 113 membros
filiados ao grupo. A entidade estima que circulem atualmente no Brasil mais de
R$ 500 mil em moedas sociais, com uma estimativa de 350 mil pessoas fazendo uso
delas.
O aplicativo proporciona o uso das chamadas
moedas sociais em transações financeiras por meio de telefones celulares. Para
isso o usuário final não precisa ter internet, conta bancária e nem cartão de
crédito. Além de pagar as compras realizadas nos bares, supermercados e todos
os tipos de estabelecimentos, o aplicativo permite ainda o envio e recebimento
de recursos financeiros e cobranças entre usuários da plataforma.
O diretor da Moneyclip, João Bosco Santana De
Lima informa que, a operação com as moedas sociais além de um negócio rentável
é também uma grande ação de responsabilidade social. “O aplicativo
proporciona a inclusão financeira de pessoas que não tem acesso ao sistema
bancário tradicional, auxilia no gerenciamento dos pequenos comerciantes e tem
um forte componente de educação financeira na medida em que mostra aos usuários
quanto e como ele está gastando em áreas como saúde, educação. Lazer, vestuário
e outras. Assim as pessoas começam a aprender a fazer um melhor controle do uso
do dinheiro”, disse.
O presidente do Banco Nacional das Comunidades,
Joaquim Melo, comenta que a chegada do E-Dinheiro ao sistema das moedas sociais
trouxe muitas vantagens para todos os envolvidos no modelo.
Ele explica que o
aplicativo gera receitas para o banco por meio de uma taxa de 2% que é cobrada
do comerciante ao se efetuar transações comerciais de compra e venda de
produtos e serviços. “Isto garante a sustentabilidade e autonomia financeira
dos bancos comunitários, ainda muito vinculados a recursos e iniciativas
governamentais”, diz.
Melo também cita a ampliação do suporte aos
clientes proporcionado por um chat existente no portal web do aplicativo, onde
podem ser feitas as mesmas transações. “Além disso, a solução torna o processo
mais ecológico por dispensar o uso do papel e mais econômico em termos de
manutenção do sistema. O E-Dinheiro agrega maior segurança, conforto e
comodidade para os usuários que não precisam mais portar o dinheiro em espécie
e possibilita agregar novas formas de trocas econômicas que não são permitidas
pela moeda física”, finaliza.
O aplicativo oferece as funções: Depositar
(responsável pela entrada de moeda no sistema via depósito bancário em reais feito
em bancos comunitários, pontos de recarga, cartão de crédito, boleto bancário
ou depósitos em casas lotéricas vinculadas à Caixa Econômica), Cobrar (na qual
são feitas solicitações de crédito ou cobrança direcionada a transações
comerciais formais ou informais), Transferir (com a qual é possível fazer a
troca de moeda entre contatos do celular), Pagar (usada em pagamentos de contas
e em comércios conveniados), Recarga (parceria com as quatro grandes operadoras
Oi, TIM, Vivo e Claro para recarga de pré-pagos), Extrato (Detalha contas com
opções de extrato geral ou segmentado) e Gastos (Função de controle financeiro
de gastos feitos com o aplicativo, incluindo gráficos e comparativos de
despesas). Fechando o pacote de serviços encontramos a função Minhas Economias,
onde o cliente pode criar metas e guardar seu dinheiro em “gavetas” para uso
futuro, introduzindo o conceito de poupança.
A incorporação das moedas sociais levou o sistema
E-Dinheiro a ser selecionado pelo Banco Central para participar do Fórum da
Cidadania Financeira 2015, vencer o Prêmio Relatório Bancário de 2015 na
categoria Mobile Payment e representar o Brasil no Encuentro Internacional
Banca Móvil y Dinero Electrônico 2016 em Medellin Colômbia.
Sobre a Moneyclip
O sistema Moneyclip baseia-se na Lei 12.865, que
permitiu a entrada de novos atores no mercado financeiro, trazendo inovação e
respeitando todas as regras estipuladas pela regulamentação e pelo Banco
Central. Para o biênio 2016/2017 a empresa tem como meta completar a
implantação do E-Dinheiro em todos os 113 membros da Rede Brasileira de Bancos
Comunitários e massificar o uso da plataforma para o público em geral, fazendo
com que o aplicativo seja aceito e utilizado em todos os tipos de
estabelecimentos de todo território nacional. Além da bandeira E- Dinheiro, a
empresa já opera também como alternativa para fornecimento de tecnologia
financeira White Label, que permite a outras entidades vincularem um sistema de
moeda eletrônica a sua marca. Flexibilidade tecnológica, mobilidade, inclusão e
educação financeira são as principais características do projeto, assim como
interoperabilidade e baixo custo. Para obter mais informações acesse: www.moneyclip.com.br
Fonte: ENVOLVERDE
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