segunda-feira, 12 de setembro de 2016

CEBDS divulga novo estudo sobre mobilidade corporativa.
Importante guia para as áreas de RH e Finanças, mostra as vantagens no incentivo ao uso de carros compartilhados, jornada de trabalho flexível, uso de bicicletas, ônibus fretado e caronas.

São Paulo, 09 de setembro de 2016 – O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) disponibiliza para o mercado um estudo inédito sobre Mobilidade Corporativa. 

O estudo, que incentiva o uso de alternativas de transporte mais sustentáveis, mostra que alguns benefícios concedidos pelas empresas reforçam o uso do transporte individual motorizado, impactando o trânsito, o meio ambiente e gerando maiores custos para as próprias companhias. “É necessário repensar a política de mobilidade das empresas no sentido de desestimular o uso de veículo privado, pois os custos de congestionamento nas cidades é de, aproximadamente, 10% do PIB e 47% das emissões de CO2 no Brasil são provenientes do transporte”, afirmou Marina Grossi, presidente do CEBDS.

Dados de mercado apontam que, aproximadamente, 50% de todos os deslocamentos realizados diariamente têm como motivo o trabalho e que a maior parte dos automóveis está ocupada por uma única pessoa. Isso não só gera congestionamentos nos acessos e no entorno dos locais de trabalho, como requer uma maior oferta de vagas de estacionamento, que apresentam um alto custo de construção e manutenção – cerca de R$ 25 mil cada – tanto para as organizações como para o setor público.

“Muito embora as empresas não controlem a forma como seus funcionários se deslocam para chegar ao trabalho, podem estimular o uso de meios mais sustentáveis. Dessa maneira, a adoção de uma estratégia de mobilidade corporativa, além de gerar benefícios para a própria organização (redução de custos) e para a região onde se situa, também beneficiará os funcionários com redução do tempo gasto nos deslocamentos ao trabalho, na melhoria da qualidade de vida e no aumento da satisfação com o trabalho. Isso fica muito claro nesse estudo”, comentou Luan Santos, coordenador da Câmara Temática de Mobilidade do CEBDS.

Transporte motorizado individual X transporte sustentável

A publicação traz uma análise do perfil de custos relacionados com o transporte de funcionários das empresas Allianz, Braskem, Ecofrotas, Michelin, Shell e do próprio CEBDS. Tais custos foram subdivididos em:

a) incentivos relacionados ao transporte motorizado individual, como vaga de estacionamento, auxílio-combustível, veículos corporativos e táxi;

b) benefícios relacionados aos meios de transporte mais sustentáveis, como vale-transporte, ônibus fretado, van intersite e teletrabalho/home office.

A conclusão é que a maioria das empresas ainda gasta mais com benefícios que estimulam os meios de transporte motorizado individual, podendo chegar até a 79% dos seus gastos.

Caminhos a seguir

O estudo traz inúmeras sugestões para implantação de políticas mais sustentáveis e as subdivide em três grandes áreas:

Promoção dos meios alternativos de transporte – incentiva o uso de meios mais sustentáveis de transporte e otimizar o uso do automóvel. Entre elas estão o incentivo à caminhada, ao uso da bicicleta, do transporte coletivo, do ônibus fretado e da carona;

Mudança na jornada de trabalho – modifica a jornada de trabalho e, assim, mudar o horário do deslocamento dos funcionários ou, até mesmo, eliminar a necessidade do deslocamento em si. Inclui a adoção de teletrabalho/home office, horário flexível, horário escalonado e semana comprimida;

Medidas financeiras e de suporte – otimiza o uso do automóvel, através da adoção de incentivos e desincentivos financeiros, política de volta garantida para casa e marketing, como campanhas de educação ambiental, etc.

“A nova publicação é um guia bem completo para as áreas financeira e de RH. Orienta, por exemplo, que antes mesmo de uma análise aprofundada sobre a mobilidade de seus colaboradores, as empresas já podem adotar ações de curto prazo, como prover informações sobre transporte coletivo e ciclovias no entorno”, destacou o coordenador. A maioria das medidas, no entanto, são mudanças de médio e longo prazos, como implantação de bicicletários e salas de teleconferência, além de subsídios, como pagamento do ônibus fretado e desconto no estacionamento para quem dá carona.

Confira aqui o estudo completo.


Fonte: ENVOLVERDE

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