CEBDS
divulga novo estudo sobre mobilidade corporativa.
Importante guia para as áreas de RH e Finanças,
mostra as vantagens no incentivo ao uso de carros compartilhados, jornada de
trabalho flexível, uso de bicicletas, ônibus fretado e caronas.
São Paulo, 09 de setembro de 2016 – O Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) disponibiliza
para o mercado um estudo inédito sobre Mobilidade Corporativa.
O estudo, que
incentiva o uso de alternativas de transporte mais sustentáveis, mostra que
alguns benefícios concedidos pelas empresas reforçam o uso do transporte
individual motorizado, impactando o trânsito, o meio ambiente e gerando maiores
custos para as próprias companhias. “É necessário repensar a política de
mobilidade das empresas no sentido de desestimular o uso de veículo privado,
pois os custos de congestionamento nas cidades é de, aproximadamente, 10% do
PIB e 47% das emissões de CO2 no Brasil são provenientes do transporte”,
afirmou Marina Grossi, presidente do CEBDS.
Dados de mercado apontam que, aproximadamente,
50% de todos os deslocamentos realizados diariamente têm como motivo o trabalho
e que a maior parte dos automóveis está ocupada por uma única pessoa. Isso não
só gera congestionamentos nos acessos e no entorno dos locais de trabalho, como
requer uma maior oferta de vagas de estacionamento, que apresentam um alto
custo de construção e manutenção – cerca de R$ 25 mil cada – tanto para as
organizações como para o setor público.
“Muito embora as empresas não controlem a forma
como seus funcionários se deslocam para chegar ao trabalho, podem estimular o
uso de meios mais sustentáveis. Dessa maneira, a adoção de uma estratégia de
mobilidade corporativa, além de gerar benefícios para a própria organização
(redução de custos) e para a região onde se situa, também beneficiará os
funcionários com redução do tempo gasto nos deslocamentos ao trabalho, na
melhoria da qualidade de vida e no aumento da satisfação com o trabalho. Isso
fica muito claro nesse estudo”, comentou Luan Santos, coordenador da Câmara
Temática de Mobilidade do CEBDS.
Transporte motorizado individual X
transporte sustentável
A publicação traz uma análise do perfil de custos
relacionados com o transporte de funcionários das empresas Allianz, Braskem,
Ecofrotas, Michelin, Shell e do próprio CEBDS. Tais custos foram subdivididos
em:
a) incentivos relacionados ao transporte
motorizado individual, como vaga de estacionamento, auxílio-combustível,
veículos corporativos e táxi;
b) benefícios relacionados aos meios de
transporte mais sustentáveis, como vale-transporte, ônibus fretado, van
intersite e teletrabalho/home office.
A conclusão é que a maioria das empresas ainda
gasta mais com benefícios que estimulam os meios de transporte motorizado
individual, podendo chegar até a 79% dos seus gastos.
Caminhos a seguir
O estudo traz inúmeras sugestões para implantação
de políticas mais sustentáveis e as subdivide em três grandes áreas:
Promoção dos meios alternativos de transporte –
incentiva o uso de meios mais sustentáveis de transporte e otimizar o uso do
automóvel. Entre elas estão o incentivo à caminhada, ao uso da bicicleta, do
transporte coletivo, do ônibus fretado e da carona;
Mudança na jornada de trabalho – modifica a jornada de trabalho e, assim, mudar o horário do deslocamento dos funcionários ou, até mesmo, eliminar a necessidade do deslocamento em si. Inclui a adoção de teletrabalho/home office, horário flexível, horário escalonado e semana comprimida;
Medidas financeiras e de suporte – otimiza o uso
do automóvel, através da adoção de incentivos e desincentivos financeiros,
política de volta garantida para casa e marketing, como campanhas de educação
ambiental, etc.
“A nova publicação é um guia bem completo para as
áreas financeira e de RH. Orienta, por exemplo, que antes mesmo de uma análise
aprofundada sobre a mobilidade de seus colaboradores, as empresas já podem
adotar ações de curto prazo, como prover informações sobre transporte coletivo
e ciclovias no entorno”, destacou o coordenador. A maioria das medidas, no
entanto, são mudanças de médio e longo prazos, como implantação de
bicicletários e salas de teleconferência, além de subsídios, como pagamento do
ônibus fretado e desconto no estacionamento para quem dá carona.
Confira aqui o estudo completo.
Fonte: ENVOLVERDE
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