quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Como aprender na cidade.
Prêmio Territórios Educativos apresenta projetos que conectam a escola com a comunidade e a cultura local.

Por Redação do Porvir –

A cidade também pode ser um espaço para aprender. Isso foi o que demonstraram as iniciativas vencedoras do Prêmio Territórios Educativos, promovido pelo Instituto Tomie Ohtake, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, e com patrocínio da Estácio. O concurso selecionou dez experiências pedagógicas que exploram o espaço urbano, integrando os saberes escolares e comunitários.

Entre os selecionados, ainda serão escolhidas três experiências de maior destaque em novembro. Cada iniciativa deve ganhar R$ 3.000,00 para investir na compra de materiais e equipamentos para continuar as suas atividades, além de ganhar bolsas de estudo para cursos de graduação e de pós-graduação. Conheça todos os projetos:

Mostra Cultural Itinerante

Professor representante: Allan Gregolim
Escola: EMEF Professora Caíra Alayde Alvarenga Medea
Local: Freguesia do Ó / Brasilândia – SP
As ruas da Brasilândia se transformaram em um verdadeiro palco para manifestações da cultura popular brasileira, com maracatu, coco de roda, samba, ciranda, cacuriá, boi-bumbá e danças gaúchas. Em uma versão itinerante da mostra cultural escolar, alunos do ensino fundamental participaram de um cortejo que percorreu pontos estratégicos da comunidade. Durante a atividade, o trajeto também foi aproveitado para debater questões locais.

Centro de Memória COHAB Raposo Tavares – integrando escola e comunidade

Professora representante: Andrea Rodrigues Leão
Escola: EMEF Professora Maria Alice Borges Ghion
Local: Butantã – SP
As memórias individuais e coletivas de uma comunidade podem ter muita coisa para ensinar aos alunos. Com o apoio do Centro de Memória, foram realizadas trocas de saberes entre a escola e diferentes pessoas do bairro, incluindo pais, professores, lideranças políticas e entidades religiosas. 

Durante atividades no parque, leituras compartilhadas, contação de histórias, exposições, shows, oficinas, levantamentos e entrevistas realizadas com os moradores locais, o aprendizado ultrapassou os muros da sala de aula.

Construindo Viveiros de Infância

Professora responsável: Beatriz Garcia Costa
Escola: EMEI Dona Leopoldina
Local: Pirituba / Jaraguá –SP
Para proporcionar diferentes experiências às crianças, a escola apostou em atividades que unem arte, brincadeira e educação ambiental. Além de organizar mutirões para transformar espaços internos, como a horta, o minhocário, o parque e os ateliês de arte, a escola também procura ocupar o entorno, com atividades que acontecem nas praças, ruas, feiras, restaurantes e museus.

Migração: por que e para quê?

Professora responsável: Carolina Lemos Roland
Escola: EMEF Paulo Prado – EJA
Local: Pirituba – SP
A partir de histórias sobre as origens dos alunos, a escola desenvolveu um projeto para trabalhar fluxos migratórios com a turma da Educação de Jovens e Adultos. Por meio de mapeamentos, eles foram incentivados a compartilhar memórias e tradições da sua terra natal e também do lugar em que vivem atualmente.

Bairro Educador

Professora responsável: Debora Lima Cornélio Silva
Escola: CEI Geraldo Magela Peron
Local: Guaianases – SP
O projeto envolveu famílias e educadores para que os bebês possam ter vivências em diferentes espaços educativos. Por meio de parcerias com instituições e de articulações com equipamentos culturais do entorno, são organizadas visitas ao museu, zoológico, praças e feiras livres do bairro. 

Também acontecem atividades de mediação de leitura com a colaboração da Biblioteca Cora Coralina e da Escola Municipal Ensino Fundamental Madre Joana.

Exploradores da Cidade

Professora responsável: Edna Conceição Monteiro
Escola: EMEI GABRIEL PRESTES
Local: Ipiranga –SP
Contando com o protagonismo infantil e a participação da comunidade, a escola utilizou a cidade como uma extensão da sala de aula. Equipamentos públicos e privados se transformaram em espaços educativos para serem explorados pelas crianças, a partir de demandas que surgem nas rodas de conversa ou nos temas abordados na escola.

TCA/TUTORIA

Professora responsável: Fátima Rosangela Gebin
Escola: EMEF Assad Abdala
Local: Penha – SP
Em atividades externas, os alunos se organizaram em grupos para trabalhar questões sociais e políticas do entorno. A praça Almir Colares foi um dos espaços escolhidos pela turma para ser revitalizado. Por meio de encontros com o subprefeito e vereadores, divulgação de panfletos para a comunidade, mobilização para conseguir assinaturas, entrevistas com moradores, estudos da praça e análises do solo, eles começaram a desenvolver ações estratégicas para transformar o local.

“Eu Venho do Mundo”: Raízes Pankararu

Professor responsável: Leno Ricardo Vidinha de Freitas
Escola: EMEF José de Alcântara Machado Filho
Local: Butantã – SP
O projeto buscou resgatar as raízes indígenas Pankararu na escola e na comunidade Real Parque. Durante a atividade, ocorreram encontros que enfatizaram elementos da natureza e da cultura local, e também foram realizadas entrevistas com índios urbanos moradores da comunidade.

História de Assombração para conhecer a cidade de São Paulo: entre fato e ficção

Professora responsável: Neila de Fátima Araújo
Escola: EMEF Paulo Freire
Local: Campo Limpo – SP
A partir de lendas urbanas, relatos e histórias de terror, os alunos participaram de uma experiência pedagógica de exploração da cidade. Após realizar pesquisas sobre diferentes locais considerados mal-assombrados, professores de diferentes disciplinas levaram os alunos para visitar espaços como o Cemitério da Consolação, o Teatro Municipal, o Vale do Anhangabaú, o Largo São Francisco, o Edifício Martinelli, a Catedral da Sé e a Capela dos Aflitos.

Aula Pública, uma forma de ocupação do espaço

Professor responsável: Paulo Roberto Magalhães
Escola: EMEF Duque de Caxias
Local: Ipiranga
Em um processo de reconhecimento e ocupação do espaço público, os alunos foram levados para conhecer diferentes equipamentos culturais do entorno, como o Museu Catavento, o Centro Cultural Banco do Brasil e a Sala São Paulo. Na Vila Suíça, localizada no Glicério, eles aproveitaram o espaço para participar de uma aula pública sobre a história do bairro.


Fonte: Porvir

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