Como aprender na cidade.
Prêmio Territórios Educativos apresenta projetos que conectam a escola
com a comunidade e a cultura local.
Por Redação do Porvir –
A cidade também pode ser um espaço para aprender.
Isso foi o que demonstraram as iniciativas vencedoras do Prêmio Territórios
Educativos, promovido pelo Instituto Tomie Ohtake, em parceria com a Secretaria
Municipal de Educação de São Paulo, e com patrocínio da Estácio. O concurso
selecionou dez experiências pedagógicas que exploram o espaço urbano,
integrando os saberes escolares e comunitários.
Entre os selecionados, ainda serão escolhidas
três experiências de maior destaque em novembro. Cada iniciativa deve ganhar R$
3.000,00 para investir na compra de materiais e equipamentos para continuar as
suas atividades, além de ganhar bolsas de estudo para cursos de graduação e de
pós-graduação. Conheça todos os projetos:
Professor representante: Allan Gregolim
Escola: EMEF Professora Caíra Alayde Alvarenga Medea
Local: Freguesia do Ó / Brasilândia – SP
As ruas da Brasilândia se transformaram em um
verdadeiro palco para manifestações da cultura popular brasileira, com
maracatu, coco de roda, samba, ciranda, cacuriá, boi-bumbá e danças gaúchas. Em
uma versão itinerante da mostra cultural escolar, alunos do ensino fundamental
participaram de um cortejo que percorreu pontos estratégicos da comunidade.
Durante a atividade, o trajeto também foi aproveitado para debater questões
locais.
Centro de Memória COHAB Raposo Tavares –
integrando escola e comunidade
Escola: EMEF Professora Maria Alice Borges Ghion
Local: Butantã – SP
As memórias individuais e coletivas de uma
comunidade podem ter muita coisa para ensinar aos alunos. Com o apoio do Centro
de Memória, foram realizadas trocas de saberes entre a escola e diferentes
pessoas do bairro, incluindo pais, professores, lideranças políticas e
entidades religiosas.
Durante atividades no parque, leituras compartilhadas,
contação de histórias, exposições, shows, oficinas, levantamentos e entrevistas
realizadas com os moradores locais, o aprendizado ultrapassou os muros da sala
de aula.
Construindo Viveiros de Infância
Escola: EMEI Dona Leopoldina
Local: Pirituba / Jaraguá –SP
Para proporcionar diferentes experiências às
crianças, a escola apostou em atividades que unem arte, brincadeira e educação
ambiental. Além de organizar mutirões para transformar espaços internos, como a
horta, o minhocário, o parque e os ateliês de arte, a escola também procura
ocupar o entorno, com atividades que acontecem nas praças, ruas, feiras,
restaurantes e museus.
Migração: por que e para quê?
Escola: EMEF Paulo Prado – EJA
Local: Pirituba – SP
A partir de histórias sobre as origens dos
alunos, a escola desenvolveu um projeto para trabalhar fluxos migratórios com a
turma da Educação de Jovens e Adultos. Por meio de mapeamentos, eles foram
incentivados a compartilhar memórias e tradições da sua terra natal e também do
lugar em que vivem atualmente.
Bairro Educador
Escola: CEI Geraldo Magela Peron
Local: Guaianases – SP
O projeto envolveu famílias e educadores para que
os bebês possam ter vivências em diferentes espaços educativos. Por meio de
parcerias com instituições e de articulações com equipamentos culturais do
entorno, são organizadas visitas ao museu, zoológico, praças e feiras livres do
bairro.
Também acontecem atividades de mediação de leitura com a colaboração da
Biblioteca Cora Coralina e da Escola Municipal Ensino Fundamental Madre Joana.
Exploradores da Cidade
Escola: EMEI GABRIEL PRESTES
Local: Ipiranga –SP
Contando com o protagonismo
infantil e a participação da comunidade, a escola utilizou a cidade como uma
extensão da sala de aula. Equipamentos públicos e privados se transformaram em
espaços educativos para serem explorados pelas crianças, a partir de demandas
que surgem nas rodas de conversa ou nos temas abordados na escola.
TCA/TUTORIA
Escola: EMEF Assad Abdala
Local: Penha – SP
Em atividades externas, os alunos se organizaram
em grupos para trabalhar questões sociais e políticas do entorno. A praça Almir
Colares foi um dos espaços escolhidos pela turma para ser revitalizado. Por
meio de encontros com o subprefeito e vereadores, divulgação de panfletos para
a comunidade, mobilização para conseguir assinaturas, entrevistas com
moradores, estudos da praça e análises do solo, eles começaram a desenvolver
ações estratégicas para transformar o local.
“Eu Venho do Mundo”: Raízes Pankararu
Escola: EMEF José de Alcântara Machado Filho
Local: Butantã – SP
O projeto buscou resgatar as raízes indígenas
Pankararu na escola e na comunidade Real Parque. Durante a atividade, ocorreram
encontros que enfatizaram elementos da natureza e da cultura local, e também
foram realizadas entrevistas com índios urbanos moradores da comunidade.
História de Assombração para conhecer a
cidade de São Paulo: entre fato e ficção
Escola: EMEF Paulo Freire
Local: Campo Limpo – SP
A partir de lendas urbanas, relatos e histórias
de terror, os alunos participaram de uma experiência pedagógica de exploração
da cidade. Após realizar pesquisas sobre diferentes locais considerados mal-assombrados,
professores de diferentes disciplinas levaram os alunos para visitar espaços
como o Cemitério da Consolação, o Teatro Municipal, o Vale do Anhangabaú, o
Largo São Francisco, o Edifício Martinelli, a Catedral da Sé e a Capela dos
Aflitos.
Aula Pública, uma forma de ocupação do
espaço
Escola: EMEF Duque de Caxias
Local: Ipiranga
Em um processo de reconhecimento e ocupação do
espaço público, os alunos foram levados para conhecer diferentes equipamentos
culturais do entorno, como o Museu Catavento, o Centro Cultural Banco do Brasil
e a Sala São Paulo. Na Vila Suíça, localizada no Glicério, eles aproveitaram o
espaço para participar de uma aula pública sobre a história do bairro.
Fonte: Porvir
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