Desmatamento
é o maior em 4 anos.
Nuvem de fumaça proveniente de queimada cobre o Rio
Madeira, em Porto Velho, Rondônia.
Revisão anual dos dados de 2015 pelo Inpe mostra
que devastação da floresta cresceu 24% em relação ao ano anterior; estimativa
divulgada em novembro falava em 16%.
Por Redação do OC –
O desmatamento na Amazônia em 2015 foi 372
quilômetros quadrados (6,45%) maior do que o estimado pelo governo no ano
passado, o que torna a taxa oficial de destruição da floresta 24% maior do que
em 2014. Os dados vêm da revisão anual das estatísticas de desmatamento do Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo informou o jornalista Maurício Tuffani,
a revisão está pronta desde junho, aguardando liberação do ministro Gilberto
Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).
Em novembro do ano passado, a então ministra do
Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou a estimativa do Prodes, o sistema de
monitoramento por satélite que dá a taxa anual oficial de destruição da maior
floresta tropical do mundo. Os números falavam em 5.835 quilômetros quadrados
de floresta perdida, um aumento de cerca de 16% em relação a 2014. Na época, a
ministra culpou os Estados pela fiscalização insuficiente.
Os dados consolidados do Prodes, baseados em 214
imagens de satélite que abarcam a região onde ocorrem 90% dos desmatamentos,
indicam que o buraco é maior: 6.207 quilômetros quadrados de floresta viraram
cinza. A área equivale a 4,1 vezes a cidade de São Paulo. Este é o maior
desmatamento anual registrado desde 2011, primeiro ano do governo Dilma, quando
foram perdidos 6.418 quilômetros quadrados de selva.
Todos os anos o Inpe divulga uma estimativa da taxa
anual, no fim do ano, e uma consolidação dos dados no ano seguinte, com base em
uma análise detalhada e um conjunto maior de imagens de satélite. Até o governo
Dilma, o governo realizava seminários anuais com membros da academia e da
sociedade civil para debater as tendências. Esses seminários foram suspensos em
2012 e serão retomados agora pelo Ministério do Meio Ambiente. O próximo está
marcado para os dias 5 e 6.
Fonte: Observatório do Clima
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