segunda-feira, 17 de julho de 2017

Cientistas alertam que a sexta extinção em massa da Terra já começou.
Os cientistas alertam que a “aniquilação biológica” da vida selvagem já está acontecendo na sexta extinção em massa da Terra.

Os seres humanos e várias espécies de animais selvagens terão um futuro “sombrio” pela frente, caso não sejam tomadas medidas dentro dos próximos vinte anos para impedir “poderosos golpes na biodiversidade”, de acordo com os pesquisadores.

Segundo eles, a superpopulação humana e o consumo em excesso pelos mais ricos da sociedade estão por trás da destruição das espécies no planeta Terra, o que leva a um impacto negativo nos ecossistemas.

Esta sombria advertência, publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences, afirma que a queda brusca da população de várias espécies sinaliza que o “sexto episódio de extinção em massa da Terra já está muito avançado”.

O relatório, feito por cientistas de ambas as Universidades Stanford e da cidade do México, concluiu que a taxa atual de extinção de vertebrados no último século foi de duas espécies por ano. Nos últimos 2 milhões de anos, essa taxa foi de duas espécies a cada 100 anos.
O número de guepardos caiu para apenas 7.000 (Rex)

Eles ainda disseram que suas estimativas eram “conservadoras” e consideravam que certas espécies de mamíferos ameaçadas ainda estarão em níveis “relativamente seguros” na virada do milênio.

Entre as espécies em risco, estão os leões africanos, cujos números caíram em 43% desde 1993 e os guepardos, cuja espécie contava com apenas 7.000 animais vivos em 2016.

O relatório diz: “Cerca de 50% do número de espécies que compartilhavam a Terra com os humanos já se foi. Juntas, elas somam uma população de bilhões”.

“Enfatizamos que a sexta extinção em massa já está entre nós e o tempo para uma ação eficiente é muito curto, cerca de duas ou três décadas, no máximo”.

“Todos os sinais apontam para danos cada vez maiores à biodiversidade nas próximas duas décadas, um quadro sombrio para o futuro da vida, incluindo a vida humana”.

Os cientistas disseram que a perda de espécies “promove efeitos catastróficos, em cascata, sobre os ecossistemas”, incluindo o das plantas e animais selvagens.

O relatório acrescentou: “A aniquilação biológica resultante também terá graves consequências ecológicas, econômicas e sociais”.

“No final, a humanidade pagará um preço muito alto por dizimar o único sistema de vida que conhecemos no universo”.

O relatório baseou-se na análise de 27.600 mamíferos, répteis e anfíbios.

Os pesquisadores não fizeram uma previsão de quanto tempo a raça humana irá sobreviver, mas disseram que o objetivo do relatório era “enfrentar a decadência da biodiversidade”.

O relatório acrescenta: “O grande foco dos cientistas na extinção das espécies, no entanto, transmite uma impressão de que a vida animal e vegetal na Terra não está fortemente ameaçada, ou que estamos entrando em um processo lento de perda da biodiversidade, de modo que não haveria motivo para preocupação agora”.

“Assim, deve haver tempo suficiente para abordar a deterioração da biodiversidade mais tarde ou desenvolver tecnologias ‘anti-extinção’”.Foto: Rex


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