União
Africana adotará programas de alimentação escolar baseados em modelo brasileiro.
Delegação da União Africana visita escola pública
no Brasil para conhecer programa de alimentação escolar. Foto: PMA/Mariana
Rocha.
Endosso da Cúpula da União Africana a esta
estratégia permitirá melhor índices de educação, saúde, geração de renda e
empreendedorismo. A convite do Centro de Excelência contra a Fome da ONU, uma
missão de estudos com membros da União Africana pôde conferir como o Brasil
integrou a alimentação escolar a um amplo programa de proteção social.
Por Redação da ONU Brasil –
A Cúpula da União Africana decidiu adotar programas
de alimentação escolar vinculada à produção local de alimentos como estratégia
continental para ampliar a retenção e o desempenho dos estudantes e para
fortalecer a geração de renda e o empreendedorismo em comunidades locais.
A decisão inclui o estabelecimento de um comitê
técnico multidisciplinar de especialistas africanos para realizar, com apoio do
Centro de Excelência contra a Fome, um estudo geral sobre a relevância e o
impacto da alimentação escolar nos Estados -membros da União Africana. Institui
também o Dia Africano da Alimentação Escolar em 1º de março.
A reunião de dois dias da 26ª Sessão ordinária da
Assembleia da União Africana foi encerrada no dia 31 de janeiro, na sede da
instituição em Adis Abeba, Etiópia. As discussões sobre alimentação escolar
foram incluídas na pauta da Cúpula depois dos ministros da Educação africanos
endossaram a decisão de adotar a alimentação escolar com compras locais de
alimentos como estratégia para melhorar a educação, fortalecer economias locais
e agricultura familiar e avançar no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentáveis. O endosso aconteceu durante a Primeira Reunião do Comitê Técnico
Especializado em Educação, Ciência e Tecnologia, da União Africana.
O aval a esta estratégia ocorreu depois de a União
Africana enviar ao Brasil uma delegação para uma missão de estudos organizada
pelo Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos. A
delegação incluiu o a participação do comissário para Recursos Humanos, Ciência
e Tecnologia da União Africana, Martial De-Paul Ikounga, e da ministra da
Educação do Níger, Ali Mariama Elh Ibrahim.
Os ministros da educação prepararam uma nota
técnica recomendando a adoção da alimentação escolar; documento apresentado aos
chefes de estado da União Africana durante a Cúpula de 2016.
A nota destacava que a visita ao Brasil foi uma
oportunidade para ver de perto como o Brasil integrou a alimentação escolar a
um extenso programa de proteção social. A delegação também pôde entender que a
alimentação escolar, além da função básica de resolver a fome em curto prazo,
também é uma ferramenta poderosa de desenvolvimento local.
A declaração da Cúpula da União Africana encoraja
os Estados-membros que têm programas de alimentação escolar a mante seus
esforços e convida outros a aprender e adaptar as lições desses programas em
andamento para ampliar o acesso e a permanência de crianças na escola.
Fonte: ONU Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário