‘Internet
das coisas’ pode levar países emergentes a superar desafios de desenvolvimento.
Sensores usados nas plantas medem a quantidade de
água, sol e temperatura. Foto: Postscapes (cc)
Tecnologia que conecta aparelhos entre si já é
comum e barata nas economias em desenvolvimento.
Para a agência da ONU,
conectividade pode auxiliar na prestação de serviços básicos e na realização de
operações em regiões remotas.
Por Redação da ONU Brasil –
A União Internacional de Telecomunicações (UIT)
destacou, naterça-feira (19), que os países emergentes podem superar diversos
desafios de desenvolvimento caso explorem a tecnologia conhecida como ‘internet
das coisas’. Em 2015, mais de um bilhão de equipamentos automatizados foram
encomendados. Segundo previsões da agência da ONU, esse ramo das tecnologias de
comunicação e informação (TICs) deve gerar lucros de cerca de 1,7 trilhão de
dólares, até 2019.
Em relatório elaborado com a empresa multinacional
Cisco Systems, a agência das Nações Unidas identificou as razões pelas quais a
‘internet das coisas’ (ou IoT, na sigla em inglês) conserva um enorme potencial
para o cumprimento da Agenda 2030 em economias em desenvolvimento.
O conceito de IoT diz respeito a um número
crescente de aparelhos, desde computadores e smartphones até sensores e chips
simples, que estão conectados à internet e são capazes de se comunicar com
outros equipamentos, frequentemente sem a necessidade de uma intervenção
humana.
Essa conectividade já é extensivamente utilizada em sistemas de
armazenamento, na gestão de frotas, no monitoramento ambiental e em muitos
processos industriais. Até 2020, estima-se que 20 bilhões de aparelhos estarão
conectados em alguma forma de rede.
Para a UIT, nações em desenvolvimento podem
explorar a ‘internet das coisas’ na prestação de serviços básicos de saúde e
educação, bem como em outras áreas, para melhorar a qualidade de vida das
populações. Em sua pesquisa, a agência mostra como os aparelhos equipados com
essa tecnologia já são comuns, baratos e facilmente substituíveis em mercados
emergentes. Esses países também contam com a infraestrutura básica necessária
para o funcionamento da IoT, como conexão com a internet.
A agência da ONU calcula que a conectividade móvel
alcança quase todas as pessoas residentes em países em desenvolvimento. A
cobertura 2G já atingiu o índice de 95% e níveis cada vez maiores têm sido
registrado para a conexão 3G, cuja penetração é estimada em 89% para moradores
de áreas urbanas. A UIT ressaltou ainda que a ‘internet das coisas’ não
necessita de uma estrutura tão complexa como a existente em nações
desenvolvidas para funcionar em economias emergentes.
De fato, aparelhos dotados da IoT já têm sido
usados nesses países, mesmo em áreas remotas e pouco habitáveis, contribuindo
para operações em zonas externas, onde as condições climáticas são instáveis. A
agência da ONU destacou também a facilidade de instalação e manutenção dos
equipamentos, bem como sua adaptabilidade a contextos em que o fornecimento de
energia elétrica está comprometido. Segundo a UIT, muitos desses aparelhos
funcionam com fontes alternativas de energia, como a solar.
Fonte: ONU Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário