Fundo
Clima investiu R$ 7,6 milhões em 2015.
Foto: Shutterstock
Valor se refere aos recursos não-reembolsáveis,
administrados pelo Ministério do Meio Ambiente. Desde 2011 foram apoiados 190
projetos.
Por Lucas Tolentino, do MMA –
Mais de R$ 7,6 milhões foram investidos em medidas
de combate ao aquecimento global ao longo do ano passado. O valor se refere ao
total de recursos não-reembolsáveis executados pelo Fundo Clima em 2015,
conforme relatório apresentado nesta quarta-feira (03/02), durante a primeira
reunião ordinária de 2016. Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), o
fundo é um dos principais instrumentos para o alcance das metas brasileiras de
corte de emissões de gases de efeito estufa.
Desde 2011, 190 projetos não-reembolsáveis foram
contratados pelo Fundo Clima, dos quais 65 já foram concluídos. Ao todo, R$ 96
milhões foram investidos nesse período. Pioneiro no apoio a pesquisas e
programas de mitigação e adaptação, o Fundo Clima tem natureza contábil e é
administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da
sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.
Entre os projetos aprovados, há estudos para
aproveitamento energético de biogás, construção de indicadores de
vulnerabilidade da população e recuperação de dados meteorológicos históricos.
Também há ações voltadas para o manejo florestal, promoção de eficiência
energética e recuperação e proteção de nascentes e ambientes naturais. As ações
são desenvolvidas por órgãos públicas, pela academia e por organizações
não-governamentais.
Metas brasileiras
Os projetos contribuem para o andamento da Política
Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e para o cumprimento das demais metas
brasileiras de corte de emissões assumidas perante a comunidade internacional.
“O Fundo Clima é um instrumento fundamental para o sucesso da agenda climática
no país”, ressaltou o secretário-executivo do MMA, Carlos Klink, presidente do
comitê gestor do Fundo.
Aprovado em dezembro de 2015, o Acordo de Paris é o
mais novo protocolo internacional que, a partir de agora, vai balizar, também,
as linhas de ações do Fundo Clima. Para fazer a sua parte ao lado dos mais de
190 países signatários do compromisso, o Brasil apresentou a meta de reduzir
37% das emissões até 2025 e 43%, até 2030. “O Acordo de Paris dá a linha para a
implementação e o Brasil é um dos únicos a propor ações em toda a economia”,
destacou o diretor de Mudanças Climáticas do MMA, Adriano Santhiago.
Efeito estufa
Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o
efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas, o que gera as
mudanças climáticas. Essas alterações decorrem do aumento descontrolado das
emissões de gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono e o metano.
A emissão dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de atividades
humanas como o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a
geração e consumo de energia.
* Edição: Alethea Muniz.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
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