Fórum de Vulnerabilidade
Climática (CVF) alerta que limitar o aquecimento global é questão de
sobrevivência.
Climate
Vulnerable Forum – Drive for greater climate action – United Nations Climate
Change Conference at Bonn, Germany 17 May 2017
Da Agência EFE / ABr
O Fórum de Vulnerabilidade Climática (CVF), grupo
que reúne 50 nações especialmente vulneráveis ao aquecimento global, advertiu
ontem (17) em Bonn, na Alemanha, que limitar esse fenômeno a um máximo de 1,5
graus centígrados é “questão de sobrevivência”. A informação é da Agência
EFE.
“Para os países-membros do fórum, cumprir com a
meta de 1,5 graus é simplesmente uma questão de sobrevivência”, declarou Debasu
Bayleyegn Eyasu, que comanda a Direção de Coordenação de Mudança Climática do
Ministério de Meio Ambiente da Etiópia, país que preside atualmente o CVF.
Eyasu acrescentou que já está ocorrendo
“significativo impacto climático” com o atual nível de aquecimento. Ele falou
em entrevista transmitida pela internet e realizada em Bonn, onde ocorre a
reunião dos países do Acordo de Paris para preparar a próxima Conferência do
Clima, marcada para novembro nessa cidade alemã.
Um aquecimento adicional “não fará mais do que
aumentar os riscos de impactos graves, generalizados e irreversíveis”, afirmou.
A presidência etíope destacou que apesar dos graves
riscos que enfrentam, os países-membros do CVF, que representam mais de 1
bilhão de pessoas nos cinco continentes, veem em uma “ambiciosa ação climática
a oportunidade para prosperar”.
“Temos enorme déficit em ação climática”, advertiu
Emmanuel M. De Guzman, da Comissão de Mudança Climática do Escritório da
Presidência das Filipinas, país que precedeu a Etiópia à frente do CVF.
Segundo De Guzman, enquanto existe a possibilidade
de frear a mudança climática é preciso aproveitá-la, pois “o fracasso não é uma
opção”. Para ele, são necessárias ações imediatas e drásticas.
“Os 1,5 graus são nosso limite de oportunidade e
esperança”, acrescentou.
Segundo Eyasu, “a ação climática pode reduzir
riscos, limpar o ambiente, gerar novos trabalhos verdes, limitar a
instabilidade econômica e potencializar o uso sustentável de recursos
nacionais”.
A falta de uma ambiciosa ação climática, disse,
“prejudicará muito seriamente” o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, a chamada universal à adoção de medidas para pôr fim à pobreza,
proteger o planeta e garantir que todas as pessoas gozem de paz e prosperidade.
Fonte: EcoDebate
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