ICV e extrativistas mapeiam castanhais em Mato Grosso.
Autor
Assessoria de
Comunicação - 16/08/2018
Oficina de Mapeamento
Participativo dos Castanhais, oferecida pelo ICV para a Associação
dos Coletores e Coletoras de Castanha-do-Brasil do PA Juruena, visa
diagnosticar os castanhais na região de Cotriguaçu
Extrativistas da Associação dos
Coletores e Coletoras de Castanha-do-Brasil do PA Juruena (ACCPAJ)
agora contam com novas ferramentas para melhorar a produção de
castanha-do-brasil no Noroeste de Mato Grosso. Eles participaram na
semana passada da 1ª Oficina de Mapeamento Participativo dos
Castanhais, oferecida pela equipe do Instituto Centro de Vida (ICV),
em parceria com a ONF-Brasil (Escritório Nacional das Florestas) na
Fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu.
Os extrativistas aprenderam a
utilizar ferramentas tecnológicas como GPS e imagens de satélite
para mapear castanhais dentro das áreas de florestas – recursos
que vão ajudar muito a melhorar o manejo dos castanhais e da
produção da castanha-do-Brasil, bem como na redução de custos de
produção.
“Conseguimos diminuir o tempo de trilha que normalmente
fazemos” conta o castanheiro Silvio José Bragança de Souza.
“Usando o GPS, fizemos em 20 minutos o que antes era feito em uma
hora. Isso melhora e muito o rendimento no trabalho”.
Com esse treinamento, os
participantes conseguem levantar informações que facilitam a
coleta, como identificação do tamanho e localização das áreas,
pontos de referências e trilhas de acesso. O mapeamento comunitário
também fortalece as relações entre os coletores e proprietários
rurais e garante melhor monitoramento e conservação das áreas de
coleta.
Nos três dias de oficina, a equipe
do ICV também realizou os primeiros mapeamentos dos castanhais da
região utilizando aeronave remotamente pilotada (RPA, na sigla, em
inglês), ou popularmente conhecido como drone. A partir das imagens
feitas, é possível compreender o potencial de utilização dessa
tecnologia no dia a dia dos coletores e coletoras. “Já neste
primeiro momento, conseguimos identificar as castanheiras na floresta
e mapear o potencial de novas áreas para coleta. As imagens obtidas
com o drone validam o mapeamento e facilitam o reconhecimento de
novas áreas disponíveis”, conta Vinícius Silgueiro, coordenador
de Geotecnologias do ICV.
As informações também servem para
subsidiar o Plano de Manejo Florestal Sustentável Simplificado
Não-Madeireiro, que será elaborado para as áreas de coleta da
ACCPAJ. Embora a regulamentação do manejo de produtos florestais
não-madeireiros em Mato Grosso ainda esteja em elaboração, a
oficina utilizou os parâmetros já em discussão para realizar este
mapeamento.
“Esse trabalho é muito importante
porque ajuda a diagnosticar o potencial produtivo da cadeia
extrativista da castanha-do-Brasil na região. O mais importante é
entender o tamanho das áreas, onde estão e como o uso de
ferramentas pode facilitar o trabalho dos coletores e coletoras”,
explica Vinícius.
Redes Socioprodutivas
A oficina faz parte das atividades
do projeto Redes Socioprodutivas, uma iniciativa do Instituto Centro
de Vida apoiado pelo Fundo Amazônia/BNDES. Iniciado em janeiro de
2018 possui previsão de execução de 30 meses e foco em seis
cadeias socioprodutivas: castanha, babaçu, hortifrutigranjeiros,
leite, cacau e café. A iniciativa atuará diretamente com
associações e cooperativas de agricultores familiares distribuídos
nos municípios do Norte – Alta Floresta, Paranaíta, Nova Monte
Verde e Nova Bandeirantes –, e Noroeste – Cotriguaçu e Colniza –
de Mato Grosso.
Confira mais imagens do evento
clicando
aqui.
Fonte: ICV
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