Desigualdade social é entrave para inclusão digital.
Nas
áreas urbanas, 84% dos jovens estão conectados contra 59% das áreas
rurais.
por
Carta na Escola –
Pesquisa mostra que cerca de 3,5
milhões de crianças e adolescentes brasileiros nunca acessaram a
internet, nas áreas urbanas, 84% dos jovens estão conectados contra
59% das áreas rurais.
Cerca de 3,5 milhões de crianças e
adolescentes brasileiros, com idade entre 9 e 17 anos, isto é, em
idade escolar, nunca acessaram a internet em suas vidas e, em 2015,
cerca de 6 milhões não estavam conectados à rede – 20% da
população dessa faixa etária.
Os dados são da pesquisa TIC Kids
Online Brasil 2015, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no
Brasil (CGI.br) com a finalidade de investigar o acesso e uso das TIC
(Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) entre os jovens
do País.
O levantamento apontou a
desigualdade socioeconômica como um entrave para a inclusão
digital. No Brasil, enquanto 97% dos jovens da classe AB são
usuários de Internet e 85% da classe C, apenas 51% das crianças e
adolescentes da classe DE têm acesso à rede.
Contrastes regionais também ficaram
evidentes. Quando o escopo é a proporção dessa população que não
acessou a Internet em razão da falta de disponibilidade no domicílio
(um total de 15%), o número mais expressivo refere-se aos jovens
moradores da área rural (30%), da região Norte do País (31%), das
classes D e E (36%) e pertencentes a núcleos familiares que ganham
até 1 salário mínimo (31%).
Também quando o foco são os jovens
conectados os resultados apontam para disparidades regionais e
socioeconômicas no acesso. Em 2015, nas áreas urbanas, 84% das
crianças e adolescentes estavam conectadas, contra 59% nas áreas
rurais. Na região Sul, 90% dos jovens declararam ser usuários de
Internet e no Norte, apenas 56%.
Ainda segundo a pesquisa, no que diz
respeito à frequência de uso da Internet, houve um aumento
significativo de 2014 para o ano passado. Em 2014, 21% disseram que
acessavam a rede mais de uma vez por dia, já em 2015 esse número
subiu para 66%. O celular provou-se mais uma vez o meio mais
utilizado pelos jovens: 83% acessaram a rede por meio do equipamento.
O estudo também abordou questões
sobre intolerância e discurso de ódio na rede. De acordo com os
resultados, uma em cada três crianças e adolescentes (37%) declarou
ter visto alguém ser discriminado na Internet e 6% declararam ter
sofrido algum tipo de discriminação na Internet no último ano.
Entre os motivos, 23% das crianças citaram preconceito de cor ou
raça; 13% mencionaram aparência física; e 10%, relacionamento
entre pessoas do mesmo sexo.
Fonte: Carta
educação
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