Entenda
porque a liberação da reserva amazônica não é boa para o ambiente nem para a
economia.
Por Thiago Picolo e Vinícius Lima
Santos, especial para a Envolverde –
Listamos cinco motivos para ilustrar o que
essa liberação pode causar ao Brasil
- Direitos dos povos indígenas
De acordo com Maria Fernanda Ribeiro, em artigo
publicado na página do Estadão, a liberação da Reserva Nacional de Cobre e
Associados (Renca), localizada entre os estados do Amapá e Pará, representará
retrocessos aos direitos dos povos indígenas que habitam por lá. Diversas
irregularidades foram encontradas na Terra Indígena Kayapó, como o garimpo
ilegal de ouro, que degrada o solo e o deixa praticamente irrecuperável. Além
disso, garimpeiros foram encontrados acampados no território enquanto faziam
realizavam as atividades.
- Florestas protegidas
Segundo matéria publicada no site DW, a abertura
da reserva causa muita preocupação aos ambientalistas, pois a região engloba,
além de reservas indígenas, florestas protegidas. O decreto que Temer assinou,
porém, aponta que a medida não irá desconsiderar nenhuma norma de preservação
ambiental, mesmo não tendo dado detalhes de como será a entrada dos mineradores
na região.
- Impactos causados pela mineração
Enquanto entidades ambientais protestam
veementemente a liberação da reserva amazônica, o setor de mineração comemora.
Porém, não estão levando em consideração todos os impactos que a mineração pode
causar. Maria Fernanda Ribeiro aponta que tais impactos são “uma tragédia
anunciada” por conta do uso desmedido de mercúrio, por exemplo, o que pode
causar rastros ambientais gravíssimos.
- O governo se interessa mais pelo enriquecimento do que pela preservação da biodiversidade brasileira
Maria Fernanda Ribeiro diz que “o Brasil, que é
reconhecido mundialmente como o mais rico em biodiversidade está prestes a
entrar para os anais como a nação que se autodestruiu em troca de interesses
privados de enriquecimento a custo de grilagem de terras públicas”.
5) Benefícios econômicos apenas
em curto prazo.
Por fim, áreas protegidas pela reserva estão
prestes a serem acessadas por atividades como o garimpo e a grilagem, que,
apesar de trazer lucros consideráveis a curto prazo, são empreendimentos
fadados a acabar em cerca de alguns anos, deixando para trás somente uma terra
irreversivelmente devastada, alguns poucos homens mais ricos e opatrimônio
natural do planeta ainda menor.
Matérias de apoio:
Deutsche Welle – “Governo libera reserva na Amazônia para exploração”
http://www.dw.com/pt-br/governo-libera-reserva-na-amaz%C3%B4nia-para-explora%C3%A7%C3%A3o/a-40211550
Estadão -“Temer rifa a Amazônia em nome de um progresso insustentável”
Fonte: ENVOLVERDE
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