União Europeia decide banir plástico descartável.
Deutsche Welle
Espera-se que a medida, uma vez
aprovada pelo Parlamento Europeu e os países-membros, entre em vigor
em dois anos. Decisão deve impactar indústria que movimenta 340
bilhões de euros e mudar hábitos dos europeus.
A ministra de Turismo e
Sustentabilidade da Áustria, Elisabeth Koestinger, anunciou o acordo
político em seu Twitter e descreveu o momento como “um marco nos
esforços para reduzir o lixo plástico”. A Áustria detém
atualmente a presidência rotativa da União Europeia.
O acordo provisório foi negociado
por representantes dos Estados-membros e do Parlamento Europeu. A
proibição deve entrar em vigor em dois anos e visa ajudar a conter
as quantidades astronômicas de lixo plástico que acabam por poluir
o meio ambiente e os oceanos. Inicialmente, a proibição
afetará somente objetos para os quais existem alternativas melhores.
Corte o copo Além de proibir o uso
privado de produtos plásticos descartáveis, a UE pretende
incentivar as cadeias de fast food, cafés e bares a reduzirem o uso
de copos de plástico. Meio trilhão de copos plásticos são
consumidos a cada ano, a maioria em uma única bebida, para depois
poluírem o meio ambiente. Várias empresas agora oferecem
alternativas baseadas em plantas.
Em maio, a Comissão Europeia propôs
regras em toda a União Europeia para eliminar itens plásticos
descartáveis para os quais existem alternativas feitas de outros
materiais prontamente disponíveis. Bruxelas propôs também medidas
para reduzir o uso de itens como recipientes de plástico para levar
comidas de estabelecimentos.
A Comissão Europeia argumentou na
época que 80% dos resíduos encontrados nos mares são de plástico.
Ela também constatou que pouco menos de um terço dos resíduos
plásticos é coletado e reciclado, e a maior parte dos resíduos
restantes acaba nos mares e oceanos.
Chega de canudos A União Europeia
quer banir canudos e outros itens plásticos descartáveis, que
acabam em depósitos de lixo ou em nossos oceanos. Mas para aqueles
que simplesmente não conseguem abrir mão dos canudos, há
alternativas mais ecológicas.
Devido a sua lenta decomposição,
os plásticos representam um problema particular para os oceanos.
Traços de plásticos podem ser encontrados em espécies como
baleias, tartarugas e aves, além de frutos do mar que acabam na
cadeia alimentar humana. Segundo dados oficiais sobre 2015, a
indústria de plásticos movimenta 340 bilhões de euros e
emprega 1,5 milhão de trabalhadores.
Com as medidas, a Comissão Europeia
projeta reduzir as emissões de dióxido de carbono em 3,4 milhões
de toneladas. Segundo cálculos, danos ambientais no valor de 22
bilhões de euros podem ser evitados até 2030. E os consumidores
poderiam economizar até 6,5 bilhões de euros.
A ofensiva de Bruxelas contra a
produção de lixo descartável deve atingir também a indústria
tabagista, num futuro próximo. Os produtores de cigarros podem ser
solicitados a participar do custeio da limpeza e coleta de guimbas de
cigarro.
“Quem produz itens descartáveis,
como cigarros, terá que assumir maior responsabilidade pelo lixo”,
disse a ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze. “Por
exemplo, a indústria do tabaco poderia ser envolvida no custo de
limpeza de praias ou parques.” (Deutsche Welle).
Chega de canudos A União Europeia
quer banir canudos e outros itens plásticos descartáveis, que
acabam em depósitos de lixo ou em nossos oceanos. Mas para aqueles
que simplesmente não conseguem abrir mão dos canudos, há
alternativas mais ecológicas.
Fonte: ENVOLVERDE
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