Operação de combate de
irregularidades na aplicação de agrotóxicos contabiliza multas de R$ 2,9
milhões e 23 aeronaves interditadas.
Dados são preliminares, tendo em vista que o
trabalho de fiscalização, iniciado no dia 20, prossegue
Deflagrada na última segunda-feira (20) e com
ações previstas até a próxima sexta-feira (24), a Operação Deriva II, voltada
ao combate de irregularidades na aplicação de agrotóxicos por empresas de
aviação agrícola, já contabiliza R$ 2,9 milhões em multas e 23 aeronaves
interditadas. A operação acontece simultaneamente nos estados de Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso e Paraná, sob coordenação dos Ministérios Públicos Federal, do
Trabalho e Estaduais.
A fiscalização conjunta conta ainda com a
participação da Polícia Militar Ambiental (PMA), Polícia Rodoviária Federal
(PRF), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Delegacia de Combate ao
Crime Organizado (Deco) e Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC),
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do governo federal e
Agências Estaduais de Defesa Sanitária Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e
Mato Grosso do Sul (Iagro).
Em Mato Grosso do Sul, nos dois primeiros dias de
operação, 13 aeronaves foram interditadas pela Anac, sendo que uma delas acabou
apreendida criminalmente pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime
Organizado (Deco). Nove empresas foram fiscalizadas e oito autos de infração
foram expedidos, totalizando R$ 1.865.672,00 em multas.
No estado de Mato Grosso, seis aeronaves
utilizadas na aplicação de agrotóxicos foram interditadas. Quatro empresas
foram fiscalizadas no município de Primavera do Leste, que tem a maior frota
agrícola do país. As aeronaves interditadas apresentavam problemas como falta
de documentação e irregularidades na manutenção dos aviões. Quatro empresas
foram notificadas por não possuir Cadastro Técnico Federal.
Já no Paraná, foram expedidos dois autos de
infração e seis notificações, com um valor de multa aproximado a R$ 1,1 milhão.
Quatro aeronaves foram apreendidas e uma empresa foi embargada.
Três empresas
foram notificadas por colocarem os trabalhadores em exposição direta com
agrotóxicos. A fiscalização verificou, também, que os trabalhadores não possuem
capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos. As empresas apresentaram
documentação na qual consta a entrega dos Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) aos trabalhadores, porém, durante a fiscalização, não foi possível
constatar o uso deles.
Os dados são preliminares, tendo em vista que o
trabalho de fiscalização prossegue.
Fonte: Núcleo de Comunicação da Operação
Deriva II / MPT em Mato Grosso do Sul
Fonte: EcoDebate
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