São José
dos Campos tem a maior árvore pertencente ao bioma amazônico.
Por Júlio Ottoboni, especial para a
Envolverde –
No Dia da Árvore, São José dos Campos
comemora o fato de ter o maior exemplar da espécie Samanea saman, conhecida
popularmente por Árvore da Chuva ou Chorona de todo o Brasil. Apesar de
pertencer ao bioma amazônico, sendo originária do Amazonas, Pará e Tocantins,
com ocorrências também no nordeste e no centro-oeste do país, ela se adaptou
bem ao clima subtropical e se encontra no Parque da Cidade – Burle Marx.
Segundo o levantamento, a área de projeção de
copa da árvore chega a 988,22 metros quadrados. Isso significa que toda essa área,
com quase mil m², é sombreada por ela nos vários horários do dia.
Inclusive o
local onde ela se encontra é um espaço aberto, sem outros exemplares arbóreos
no entorno, o que facilitou o grande desenvolvimento de sua copa que tem de
circunferência de projeção 113 metros com sol a pino. Diâmetro da altura do
peito é de 1,3 metros do tronco.
“ O estudo demorou cerca de três semanas para ser
concluído, inclusive com todas as medidas e a situação da árvore. Creio que ela
tenha sido plantada no local quando ainda era uma fazenda leiteira, pois há ruínas
nas proximidades”, destacou o engenheiro agrônomo que assina o laudo, Herbert
Luiz de Carvalho Campos.
A árvore Chorona, de São José, entrou para
o Rank Brasil em 2017 que classifica os maiores exemplares de diversas espécies
em território nacional, como o recorde de maior árvore da espécie em solo
brasileiro. Ela tem 40 metros de diâmetro de copa e 14 metros de altura
estimados. A prefeitura desenvolveu um amplo relatório sobre esse exemplar
envolvendo dois engenheiros agrônomos para conquistar essa posição no ranking
das árvores.
Trata-se de uma espécie nativa do Brasil, porém
rara de ser encontrada no sudeste. Sua incidência maior é no pantanal
mato-grossense, no nordeste mineiro e na Amazônia Ocidental. O único exemplar
que se tem registro em São José dos Campos foi tombado pelo Decreto 14.878/12,
assinado em 10 de fevereiro de 2012.
Considerada como patrimônio ambiental, a
prefeitura atendeu a um pedido feito à época ao Conselho Municipal de
Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural
(Comphac).
Com o decreto, a árvore de copa extensa e frondosa, com idade média
entre 90 a 100 anos, se tornou imune ao corte.
As análises feitas pelos técnicos calculam que
esse indivíduo da família Mimosoideae tenha por volta de 100 anos de idade. Seu
plantio é anterior a constituição dos jardins do Burle Marx no local que
abrigou a residência do empresário Olivo Gomes, que foi proprietário da
Tecelagem Parahyba. O local também serviu como pastagem de gado, principalmente
de búfalos.
Para técnicos da Secretaria de Inovação e
Desenvolvimento, que abrange o turismo, o recorde tem a importância de criar
mais um ícone para a cidade, atraindo publicidade, gerando mais uma identidade
e estimulando o desenvolvimento turístico.
A conservação e a fiscalização da árvore são
realizadas pela Secretaria de Manutenção da Cidade. O laudo que contribui para
caracterização da espécie foi elaborado pela equipe técnica da Secretaria de
Urbanismo e Sustentabilidade. O RankBrasil é uma empresa independente que atua
há 17 anos em todo território nacional, registrando exclusivamente recordes
brasileiros, sem vínculo com sistemas internacionais, como o Guinness World
Records.
Fonte: ENVOLVERDE
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