Projeto busca salvar albatroz de captura acidental.
Em meio aos compromissos da Semana
do Meio Ambiente, dois integrantes da equipe técnica do Projeto
Albatroz viajaram a Madri, na Espanha, para participar da Reunião
Intersecional do Subcomitê de Ecossistemas da Comissão
Internacional para a Conservação de Atuns do Atlântico (ICCAT). A
fundadora e coordenadora geral do Projeto, Tatiana Neves, e o
coordenador científico PhD Dimas Gianuca, trocaram informações
importantes com os demais países sobre estatísticas de captura
incidental de albatrozes e petréis no último ano.
O encontro discutiu, de 4 a 8 de
junho, entre outros assuntos, o impacto de algumas pescarias sobre o
estoque de peixes ao redor do mundo; como aplicar as medidas de
mitigação eficientes para evitar a captura de aves oceânicas e
outras espécies ameaçadas – como é o caso das tartarugas
marinhas, mamíferos e determinados peixes; além dos avanços
tecnológicos destas medidas.
O Projeto Albatroz e o Projeto
Tamar, patrocinados pela Petrobras e membros da Rede Biomar,
apresentaram aos representantes pesqueiros, governamentais e
científicos, dados relevantes sobre a interação destes animais com
a pesca industrial de espinhel, que tem como alvo peixes grandes como
o atum. Esta reunião intersecional precede a reunião anual da
ICCAT, que acontecerá em novembro deste ano, na Croácia.
O Projeto Albatroz apresentou dois
estudos científicos conduzidos por sua equipe técnica, com o apoio
do programa internacional Albatross Task Force, da BirdLife
International. Um dos estudos fazia referência à eficácia do uso
do primeiro protótipo do hookpod – dispositivo que envolve o anzol
e o libera em uma profundidade segura para as aves. A pesquisa foi
realizada nas frotas de espinhel em três países: Austrália, Brasil
e África do Sul. Os dois últimos são considerados os ‘piores
cenários possíveis’ na interação das aves com barcos
pesqueiros.
De acordo com Tatiana Neves,
coautora da pesquisa, o estudo apresentou resultados bastante
positivos. No total, houve a captura de 24 aves, fisgadas por anzóis
desprovidos de hookpod. A captura ocorreu com uso do dispositivo
apenas uma vez durante o estudo. “Isso aconteceu porque o hookpod
em questão foi colocado incorretamente. Ele abriu fora da
profundidade correta e capturou uma pardela preta”, explica.
Fonte: ENVOLVERDE
Nenhum comentário:
Postar um comentário