Falta de estudos afeta diagnósticos do IPCC para clima no Brasil.
Júlio Ottoboni é
jornalista e editor-chefe da Envolverde
Por falta de pesquisas cientificas,
o IPCC não consegue afirmar com precisão quais eventos são
naturais ou já de influência antrópica no hemisfério sul do
planeta, inclusive em extremos climáticos. O alerta vem da
vice-presidente do órgão que assessora as Nações Unidas, Thelma
Krug.
Apesar de ter acompanhado a
tempestade e a série de tornados que devastaram diversas cidades no
Rio Grande do Sul, na semana passada, inclusive com mortos e
prejuízos ainda incalculáveis, ela disse que não dá para cravar
que foi por causa das mudanças climáticas provocadas pela ação
humana. “Mas foi um quadro de extremo climático sem dúvida”,
comentou.
As cidades gaúchas tinha uma
temperatura a noite, no momento da tempestade, na casa dos 28 graus
centígrados. Tornados variando de intensidade entre F3 e F4 varreram
fazendas, cidades, estradas deixando um rastro de destruição
impressionante. Em menos de 24 horas, nevou e geou em várias
regiões, inclusive as atingidas pela onda de calor e tornados.
No entanto, a dirigente do IPCC,
órgão científico máximo em mudanças no clima, afirmou que por
falta de estudos para essas situações na região se torna
impossível se taxativa sobre a situação. Ela, inclusive, pede que
as universidades dos países sul americanos se voltem para o
problema. Hoje, no Brasil, quase a totalidade dos estudos são
direcionados à Amazônia.
Apesar de ficar evidente que exista
a potencialização dos fenômenos extremos, com o aumento da
frequência e da intensidade, inclusive destas tempestades com
tornados e do calor em latitudes médias. “ Isso tem ocorrido em
várias regiões do planeta que tinham uma estabilidade climática e
estão se transformando rapidamente”, observou a cientista.
Fonte: ENVOLVERDE
Nenhum comentário:
Postar um comentário